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CGU aponta falhas na articulação de políticas do governo para a primeira infância

Estudo também revela falta de transparência: das 117 ações mapeadas pela Controladora-Geral da União, em 103 (88% delas) não foi possível identific...

29/03/2021 às 16h05
Por: Da Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Em meio às comemorações dos cinco anos do Marco Legal da Primeira Infância, uma avaliação feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as políticas públicas para o setor não traz resultados animadores. O levantamento mostra que muitas vezes não há uma definição clara das ações para as crianças de até 6 anos de idade e que falta também coordenação entre os vários segmentos que lidam com o tema no governo federal.

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Os dados foram debatidos nesta segunda-feira (29) durante audiência pública da comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa políticas voltadas à primeira infância. Os números da CGU se concentram em 117 ações de seis ministérios (Cidadania; Educação; Justiça e Segurança Pública; Mulher, Família e Direitos Humanos; Saúde; e Turismo). Segundo o levantamento, 48% delas não possuem coleta de dados, monitoramento ou avaliação satisfatórios; 79% não têm os resultados divulgados; e 88% não possuem informações acessíveis sobre os valores aplicados.

De acordo com Gutemberg Vieira, responsável pela área de auditorias sobre Educação Básica, Cidadania e Turismo da CGU, 30 ações envolvem mais de um ministério, mas existem fragilidades na articulação entre eles.

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“Se as medidas fossem devidamente integradas, seus objetivos em conjunto seriam maximizados. Agora, se os setores atuam isolados, se eles não são coordenados, a gente tem um risco de ineficiência do gasto público”, afirmou.

Parâmetros
A CGU fez estudos específicos sobre dois parâmetros do Marco Legal da Primeira Infância: as visitas domiciliares e a educação infantil. Na análise sobre as visitas que fazem parte do programa Criança Feliz, por exemplo, faltaram indicadores para o acompanhamento das ações e foi constatada baixa capacitação das equipes.

No levantamento sobre o Proinfância, política pública de construção de creches, os resultados revelaram que só 50% das obras foram concluídas. Apesar de 21% delas terem sido canceladas, R$ 124 milhões ainda não foram devolvidos.

Fiscalização
Coordenadora da comissão externa, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) disse que o objetivo do colegiado é fiscalizar as ações que resultem em maior oferta de vagas para a educação infantil e que há uma preocupação especial com as obras inacabadas.

“A primeira infância é uma etapa decisiva para o formação do ser humano. É preciso garantir o acesso dessas crianças à escola, sob pena de toda a sociedade ser penalizada caso isso não aconteça.”

Orçamento
Representante da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que defende as políticas para a primeira infância, Heloísa Oliveira pediu prioridade no orçamento para o setor.

“É necessário se pensar em um mecanismo de financiamento de longo prazo, pois o Plano Nacional de Educação orienta a ampliação da oferta da educação infantil para, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos e, na pré-escola, a gente tem o desafio da universalização para as crianças de 4 e 5 anos”, declarou. “Em 2019, a gente tinha mais de 320 mil crianças ainda fora da pré-escola.”

Heloísa Oliveira lembrou mais duas urgências: a regulamentação dos fatores de ponderação do Fundeb para definir a distribuição de recursos a cada etapa de ensino; e o estímulo à criação dos planos municipais da primeira infância.

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