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Lira defende despolitização da pandemia e adoção de critérios técnicos

Lira: "Não há necessidade neste momento de medidas mais duras"

Por: Da Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
15/03/2021 às 16h10

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou a adoção de lockdown geral no País para conter a pandemia de coronavírus ou mesmo a tomada de medidas mais restritivas em regiões mais atingidas pela Covid-19. A declaração foi dada nesta segunda-feira (15) em conferência online promovida pelos jornais Valor Econômico e O Globo, que também contou com a participação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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"Não há necessidade neste momento de medidas mais duras. Todos os extremos neste momento são complicados. Extremos não ajudam", apontou Arthur Lira. "Precisamos despolitizar a pandemia. Já sofremos isso com remédios, na vacina, e agora com a pandemia atingindo nível mais crítico."

Arthur Lira declarou ser otimista por natureza, e considera ser possível deixar funcionar a economia a partir de critérios técnicos. "Medidas protetivas de fechamento da economia são perigosas", alertou. "Temos de vacinar e buscar alternativas. A população já sabe o que pode e o que não pode."

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CPI
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o Congresso poderá instalar em um outro momento uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar erros e eventuais crimes cometidos no combate à pandemia. "A solução não virá por uma CPI", ponderou. Pacheco ainda afirmou que o sistema remoto de trabalho no Congresso dificulta o funcionamento de uma CPI.

O presidente da Câmara apontou para a necessidade de diminuir as diferenças sobre o combate à crise do coronavírus. "Não é hora de encontrar culpados. É hora de curar quem está doente e prevenir com a vacina quem ainda não adoeceu. Temos a obrigação de nos posicionarmos sempre com muito equilíbrio, para trabalharmos todos juntos", apontou.

Reforma tributária
O presidente da Câmara lembrou que a reforma tributária será discutida em uma comissão mista de senadores e deputados, presidida pelo senador Roberto Rocha e com relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro. "Vamos ter uma gestão compartilhada, uníssona, sem vaidades, para que a discussão seja a mais ampla possível", defendeu. Ele espera que a proposta seja aprovada em até oito meses pelas duas casas do Congresso. "É a mais importante das reformas", apontou. "Teremos menos burocracia e maior previsibilidade para as empresas, com menos custo. Será a melhor resposta para a crise."

Arthur Lira reconheceu as dificuldades para aprovar a reforma tributária, especialmente porque a pandemia dificulta a discussão da proposta. "A questão mexe com interesses gigantescos", observou. Mesmo assim, ele considera possível que a reforma avance com diálogo e transparência.

Rodrigo Pacheco apontou para os conflitos entre o iniciativa privada e o setor público, que não quer perder arrecadação no período da pandemia. "Há dúvidas dentro da iniciativa privada e divisão entre União, estados e municípios. Não é fácil, mas temos de buscar o possível", propôs.

Eleições
Arthur Lira ainda condenou as discussões sobre as eleições de 2022, e afirmou ser um erro discutir as candidaturas neste momento de crise. "É tempo de aprovar reformas e tratar de problemas urgentes da pandemia. Se perdermos o tempo em discussões de 2022, se não atravessarmos hoje, não chegaremos em 2022", alertou

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