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Suspender ou não o isolamento social?

Acredito, pelo exemplo do que ocorre no mundo, que o isolamento social é, a princípio, a solução mais viável nesse momento.

25/03/2020 às 11h16
Por: Paulo Sérgio
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Suspender ou não o isolamento social?

Essa situação que vivemos no Brasil por causa da pandemia mundial é um verdadeiro “mato sem cachorro” e nos faz lembrar uma parábola de Jesus Cristo: “Mas, a quem hei de comparar esta geração? São como crianças que, sentadas nas praças do mercado, ficam gritando umas às outras: Nós vos tocamos músicas de casamento, mas vós não dançastes; entoamos lamentos fúnebres e não pranteastes!”, ou seja, tudo que se faz está errado. Acredito, pelo exemplo do que ocorre no mundo, que o isolamento social é, a princípio, a solução mais viável nesse momento. No entanto, não podemos nos eximirmos das consequências dessa paralisação generalizada.

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Primeiro: sem vender seus produtos, é fato que as empresas terão de mandar milhões de trabalhadores embora (muitas já estão demitindo). Segundo: o governo vive de impostos, se não há produção, é matemático que cairá drasticamente a arrecadação do Estado, que por consequência, não poderá socorrer os milhões de desempregados e infectados.

 

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Na tentativa de arrumar um meio-termo, o governo propôs nesta semana suspender por 4 meses os contratos trabalhistas (mediante negociação das partes), exatamente para tentar frear as demissões em massa. Junto a esta medida, outras seguiriam, como por exemplo, adiantamento do seguro-desemprego; ajuda de 200 reais aos mais desalentados; antecipação do 13º salário; disponibilização de mais de 600 bilhões em crédito do BNDS e do próprio governo ao mercado e aos governos estaduais e suspensão das dívidas bilionárias dos estados junto à União.

 

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No entanto, a mídia e os “defensores” dos pobres (os mesmos que quando governavam, ao invés de construir hospitais e comprar respiradores, preferiram fazer Copa do Mundo e Olimpíadas com obras superfaturadas que dilaceraram os cofres públicos roubando bilhões ou trilhões) rebateram de imediato dizendo que era um descaso, um ataque aos mais pobres, uma covardia.

 

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O interessante é que, quando eram eles quem davam (a título de bolsa família), 100 ou 200 reais para famílias carentes, mereciam o Prêmio Nobel. Era uma verdadeira luta contra a fome e a miséria. O lema da República naquela época era: “Um país rico é um país sem pobreza”; depois, passou para: “Brasil, pátria educadora”. Que o digam os irmãos Batistas e o Pisa.

 

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O PT, partido que, em tese, defende os trabalhadores, postou esta semana nas redes sociais: “Esse governo deveria bancar os 100 milhões de brasileiros mais pobres com (R$ 1.045,00) por mês até passar a crise. Eles só esqueceram de falar de onde sairá o dinheiro. Eles devem achar que a Casa da Moeda pode fabricar dinheiro quando quer. Não precisa ser demasiado humano para saber que para cada centavo que se propõe gastar, deve-se apontar uma fonte. Ou não é assim que fazemos em nossa própria casa?

 

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Diante dessa intensa crise de saúde, social e financeira uma das alternativas viáveis para o governo levantar dinheiro é cortar os salários dos servidores. Mas, quando o governador de Minas Gerais insinuou que poderia não conseguir pagar o décimo terceiro salário como previsto e antecipou o recesso escolar, os mesmos que querem salvar os pobres protestaram com as frases de efeito de sempre: “Isso é um absurdo!” “Impeachment!” “Ele não! Fascista!...

 

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Para não bancarmos “os demagogos” e nem encarnarmos a filosofia denunciada por Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros”, de duas uma: ou nós suspendemos o estado de isolamento social e liberamos o caixa das empresas para não haver demissão em massa, e o do governo para que ele possa atender com o mínimo de dignidade os infectados; ou nos colocamos à disposição das medidas necessárias incluindo cortes no salários, antecipação de recesso, e quem sabe, até de férias.

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Carlos Oliveira
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