Escola Estadual Altina de Paula promove palestra sobre valorização da vida em Paracatu

Escola Estadual Altina de Paula Guimarães promove palestra sobre valorização da vida

No dia 10 de setembro comemora-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Por isso, no Brasil, desde 2015, o Centro de Valorização da Vida (CVV), juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e a (OMS) Organização Mundial da Saúde lançou a Campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de promover a valorização da vida e prevenir o suicídio. Ao longo de todo o mês, várias ações educativas e preventivas são realizadas por diferentes agentes para conscientizar e dar apoio às pessoas com distúrbios emocionais ou mentais. A campanha disponibiliza também um canal de atendimento do CVV para atender gratuitamente 24 horas por dia pessoas que precisam conversar sobre o tema. O número é (188).

Em Paracatu, a Escola Altina de Paula Guimarães promoveu nesta quarta-feira (11) uma palestra com o professor e pastor Carlos Oliveira. Formado em Teologia, Ciências da Religião e Filosofia o professor abordou o tema partindo de dados atuais do alto número de atos suicidas, principalmente entre os jovens, classificando-o como um problema urgente de saúde pública. Segundo ele, no Brasil, o suicídio já é a segunda causa de morte entre os Jovens de 15 a 29 anos, perdendo apenas para a violência.

“Geralmente, as pessoas com pensamentos suicidais alegam não enxergar um sentido ou mesmo um propósito para suas vidas. Diante desse vazio existencial, muitos olham para esse ato e enxerga nele uma possível porta de escape, isto é, de saída do sofrimento. Nós precisamos mostrar para essas pessoas uma porta alternativa para a libertação desse mal. Nesse contexto, tanto a Filosofia como a Religião são importantíssimas, pois ambas oferecem um projeto/sentido de vida as pessoas”, pontuou.

Indagando-os como ter uma vida com sentido o professor e pastor fez uso de diversos princípios filosóficos e religiosos que podem ajudar a construir ou reencontrar um propósito para a existência humana. “Aristóteles disse que uma vida feliz é aquela na qual temos algo a que amar, algo a que fazer e algo a que esperar. Aqui nos lembramos do mandamento de Jesus Cristo: ‘ame o próximo coma a si mesmo’ e destacamos que há, por assim dizer, uma certa hierarquia na prática do amor, isto é, devemos primeiro nos amar para poder então ser capaz de amar o próximo. Nós só amamos aquilo que conhecemos, logo é preciso praticar a máxima socrática do autoconhecimento. Quando nos conhecemos, somos capazes de identificar nossos pontos fracos e a partir daí escolhermos melhores rotas, evitando situações que funcionam como “gatilhos” desencadeadores de crises emocionais das quais não temos controle”., disse.

Segundo Elizabeth Cristina Antunes, vice-diretora e umas das organizadoras do evento, a palestra foi esclarecedora e produtiva e que esse tipo de atividade faz parte do Projeto Político Pedagógico da escola Altina de Paula, que tem como missão educar e preparar não só cognitivamente, mas também emocionalmente as pessoas para a uma vida plena e com propósito.

Aos pais e profissionais da educação, o professor orienta quanto à maneira correta de ajudar. Segundo especialistas, ficar alerta a qualquer mudança repentina de comportamento é o primeiro passo. Uma vez detectado o problema o ideal é conversar discreta e sabiamente com a pessoa, jamais a culpando ou julgando-a por esse mal. É aconselhável deixa-la sozinha por muito tempo, mas sem passar a imagem de ‘vigilante’. Ao abordar, procure não falar muito e ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida. Sempre a aconselhe procurar ajuda especializada (psicólogo, psiquiatra, médicos) e, se possível, vá com ela a um desses profissionais de saúde e peça orientação. Outra medida é retirar o acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro de casa - como arma, remédios e substâncias tóxicas - para evitar o uso delas em um impulso. Nunca ignore um pedido de ajuda, pois esse mal chega de forma silenciosa. Além é claro, se for religioso, conforte-a com palavras, atitudes de empatia, orações de amor e esperança.