Na noite de segunda-feira (7), um ônibus da Viação Real Expresso partiu de Anápolis (GO), com destino a São Paulo (SP). Porém, na madrugada de terça-feira (8), o veículo perdeu o controle e tombou na rodovia MG-223, em um local conhecido como "Trevo do Queixinho". O acidente resultou na morte de 11 passageiros e deixou 36 feridos.
Até o início da manhã desta quarta-feira (9), oito das vítimas fatais haviam sido identificadas. Entre os mortos estavam duas crianças de 2 e 6 anos, três homens com idades entre 40 e 69 anos, além de três mulheres, com idades entre 53 e 62 anos. As vítimas identificadas até agora são:
Rogério Ribeiro de Queiroz, 41 anos
Elhadi Ahmed Khalifa, 69 anos
Kleyton Serra da Silva, 40 anos
Sueli Dias Pereira Fernandes, 56 anos
Nilda Helena de Paula, 53 anos
Laura Costa de Negreiros, 6 anos
Lorena Costa de Negreiros, 2 anos
Maria Catarina da Silva, 62 anos
Laura e Lorena, que eram irmãs, viajavam com a mãe e um bebê de 6 meses, com destino a São Paulo para visitar a avó. A mãe e o bebê foram hospitalizados no Hospital Sagrada Família, em Araguari, mas, felizmente, não correm risco de vida.
Três corpos ainda permanecem no Posto Médico Legal de Araguari, aguardando identificação. A secretária de Saúde de Araguari, Thereza Griep, explicou que a identificação das vítimas foi dificultada porque nem todos os passageiros estavam na lista de embarque fornecida pela empresa.
O Corpo de Bombeiros de Araguari informou que 36 pessoas ficaram feridas no acidente. Dessas, 18 foram encaminhadas para hospitais, enquanto as outras 18 sofreram ferimentos leves e optaram por não receber atendimento. Desses feridos, 17 foram levados para a UPA de Araguari, e, segundo a secretária de Saúde, um ainda segue internado. Outros cinco pacientes foram transferidos para o Hospital Sagrada Família.
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) recebeu nove passageiros com quadros mais graves. Entre eles, estava uma gestante que sofreu a amputação do braço e precisou passar por uma cesariana de emergência. A bebê nasceu com 1,4 kg e foi internada na UTI. O marido da gestante, que dormia no momento do acidente, acordou com os gritos da esposa e conseguiu socorrê-la.
Embora as causas do acidente ainda estejam sendo investigadas, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) relatou que alguns passageiros mencionaram que o motorista estava dirigindo em alta velocidade. Ao tentar contornar o trevo, o ônibus tombou. Um dos sobreviventes afirmou que o veículo estava atrasado em relação ao cronograma e que o motorista teria acelerado para recuperar o tempo perdido.
O motorista foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado, já que, segundo a Polícia Civil, não havia motivos suficientes para a prisão. Um inquérito foi aberto para investigar as causas do acidente.
O ônibus envolvido no acidente pertence à Viação Real Expresso, que faz parte do Grupo Guanabara.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que o ônibus estava com toda a documentação regularizada para o transporte interestadual de passageiros.
A empresa Viação Real Expresso divulgou uma nota lamentando o ocorrido e informando que imediatamente após o acidente, suas equipes foram mobilizadas para prestar suporte no local e ajudar as famílias das vítimas. A nota também informou que a empresa está colaborando com as autoridades responsáveis para apurar as causas do acidente. Além disso, um canal de atendimento 24 horas foi disponibilizado para que os familiares obtivessem mais informações sobre os passageiros.
A ANTT também expressou solidariedade às famílias das vítimas e confirmou que o veículo envolvido estava com a documentação em ordem. A agência informou que está monitorando o caso em conjunto com outras autoridades e instaurou um processo administrativo para acompanhar as investigações.
Neste momento, o foco de todos está no apoio às vítimas e suas famílias, enquanto as autoridades continuam trabalhando para esclarecer todos os detalhes do acidente.