Conforme o contrato, a cobrança do pedágio começa após a conclusão de 10% de toda a duplicação. A previsão era que os trabalhos começassem amanhã – com expectativa de término em 2019 –, mas o contrato ainda não havia sido homologado até a última quarta-feira.

O Tribunal de Contas da União havia recomendado que o governo definisse pontos com mais batidas para serem inclusos nos 10% iniciais da obra. Porém, conforme a Invepar – controladora da concessão rodoviária e de outras nove –, os serviços vão começar entre Cristalina (GO) e Paracatu (MG)(veja arte abaixo).

O primeiro ponto para pagamento da tarifa de R$ 3,20 será em Cristalina, mas as outras dez praças ficam em Minas. A Invepar informou, por meio da assessoria de imprensa, que, mesmo que a obra comece por Goiás, trabalhos paralelos serão feitos no trecho mineiro considerado prioritário, entre Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, na região Central. “Ainda neste ano, vão ser iniciadas as obras de recuperação. Em um primeiro momento, serão feitas intervenções emergenciais.”

Especialista em estradas, o engenheiro civil Márcio Aguiar afirma que a duplicação deveria começar por Juiz de Fora. “Como do Rio a Juiz de Fora já é duplicado, o ideal seria que se continuasse a pista dupla a partir de lá. Assim, o trecho de Congonhas a Lafaiete, onde há mais acidentes, seria concluído mais rapidamente. Mas eles devem ter escolhido o local mais simples para começar logo a cobrar pedágio.”

Benefícios. Mesmo que a duplicação não comece em Minas, antes de pagar o pedágio algumas melhorias já serão sentidas pelos motoristas. Pontos críticos e sinalização já devem ser recuperados nos seis primeiros meses de concessão, conforme o contrato. Em até nove meses, não deve haver problema emergencial que afete a segurança. Serviços de auxílio ao usuário começam a operar no início da concessão.

Deságio

Tarifa. A Invepar venceu o leilão da BR–040 oferecendo desconto de 61% no pedágio, o maior deságio de todos os leilões de rodovias. A tarifa-teto fixada pelo governo era de R$ 8,29 por praça.

Fonte:Otempo