Fonte: Do G1 Triângulo Mineiro

Moradores de Vazante, no Noroeste do estado, tiveram de deixar as residências devido ao risco de desabamento. O problema foi registrado em quatro casas. Uma enorme cratera se abriu e um imóvel chegou a ser engolido pelo buraco, mas houve feridos já que o local estava vazio. As dolinas, crateras que surgem do nada, há muito tempo causam problemas na cidade.

A dona de casa Ozânia Pereira do Amaral disse que foi surpreendida pelas rachaduras, que surgiram durante a madrugada. “Acordamos, percebemos que estava chovendo muito forte. Em seguida, a rua estava alagada e o buraco chegando perto da nossa casa, que começou a trincar e abrir”, relembrou a dona de casa.

O mesmo problema foi enfrentado pelo macânico Solenir Alves, que lamentou ter que sair de casa. “Não há condição alguma de voltarmos e permanecermos no local, pois a região está afundando”, disse.

Por causa dos riscos, o Corpo de Bombeiros interditou a área. Além da casa que caiu, outra ao lado perdeu parte do muro. O asfalto também cedeu em vários pontos. “Interditamos para que não houvesse o desabamento destas residências e causasse vítimas”, explicou o sargento do Corpo de Bombeiros, Ivan Nei Caixeta.

A retirada das famílias foi realizada pelo Serviço de Assistência Social da Prefeitura, já que o risco de desabamento é real. “Estamos oferecendo moradias em outros lugares, mas o pessoal não quer ir. Estão correndo risco de vida e ainda assim não querem sair”, declarou o secretário municipal de Assistência Social, Clóvis Antônio de Castro.

Em 2008 alguns buracos, com até 25 metros de profundidade, surgiram no município. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Alexandre Stehling, a chuva só agravou a situação. “É um fenômeno natural e não há como conter a ação da natureza. Temos tentado medidas paliativas, procurando cobrir os buracos para evitar maiores acidentes. Mas não há muito o que fazer”, explicou.

Os moradores do Bairro Vazante Sul estão assustados. A dona de casa Maria Abadia de Almeida afirmou que pensa em sair o quanto antes da região. “O medo é muito grande. Estou pensando em sair, mas por enquanto não tenho para onde ir. Assim não dá para permanecer”, concluiu.