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Réus julgados por chacina de Osasco serão interrogados amanhã

julgamento deve terminar na próxima sexta-feira

Por: Da Redação Fonte: EBC
24/02/2021 às 21h50
Réus julgados por chacina de Osasco serão interrogados amanhã
© Divulgação/Tribunal de Justiça SP

O julgamento da chacina de Osasco e de Barueri entrou no terceiro dia com o encerramento da fase dos depoimentos das testemunhas. Ao final de todo o processo, os sete jurados do caso vão julgar se o ex-policial militar Victor Cristilder dos Santos e o guarda civil municipal Sérgio Manhanhã, que estão presos, têm participação nas 17 mortes ocorridas na chacina do dia 13 de agosto de 2015. Esse episódio é considerado a segunda maior chacina ocorrida no estado de São Paulo, atrás apenas das 111 mortes ocorridas no Massacre do Carandiru, em 1992.

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Hoje (24), mais oito testemunhas de defesa foram ouvidas, muitas delas policiais e guardas municipais. Desde segunda-feira (24), quanto teve início o julgamento, 24 testemunhas, arroladas tanto pela defesa quanto pela acusação, prestaram depoimentos. O julgamento ocorre sem presença de jornalistas ou de público.

Agora o julgamento passa para uma nova fase. Amanhã (25), a partir das 10h, os dois réus serão interrogados, individualmente. Só então acontece a terceira e última etapa do julgamento, quando a defesa e acusação fazem seus debates, apresentando os argumentos para condenar ou libertar os réus. Nessa etapa, defesa e acusação têm duas horas e meia cada um para apresentar suas argumentações, com direito à réplica e tréplica, que podem durar mais duas horas cada uma. Depois disso, os sete jurados se reúnem para dar o veredito.

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Esta é a segunda vez que os dois réus são julgados por essas mortes. No primeiro julgamento do caso, eles já foram condenados, mas recorreram da decisão e solicitaram novo júri, que está ocorrendo agora. A previsão inicial é de que o julgamento dure até sexta-feira (26).

Acusação

As 17 mortes, conforme o Ministério Público, teriam sido uma vingança pelos assassinatos de um policial militar e de um guarda civil, ocorridos dias antes. De acordo com a acusação, os agentes de segurança se reuniram e decidiram fazer uma chacina para vingar as mortes.

Para a acusação, o policial Cristilder, como é mais conhecido, teria combinado com o guarda municipal sobre o início do horário da chacina por meio de mensagens no celular. Além disso, ele teria dirigido um dos carros utilizados na chacina e feito disparos com armas de fogo contra as vítimas. Ele foi acusado por oito mortes e também por tentativa de homicídio.

Histórico

No primeiro julgamento do caso, ocorrido em setembro de 2017, Manhanhã e outros dois ex-policiais militares, Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, foram condenados pelo crime.

Eleutério foi condenado à pena de 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão. Já Henklain recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. O guarda-civil Sérgio Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 meses.

Os dois policiais foram acusados de terem disparado contra as vítimas e respondiam por todas as mortes e tentativas de assassinato. O guarda-civil, segundo a acusação, teria atuado para desviar viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam e foi denunciado por 11 mortes.

Já Cristilder foi julgado à parte, em março de 2018. Ele foi acusado por oito mortes e também por tentativa de homicídio. O tribunal do júri condenou o ex-policial a 119 anos, 4 meses e 4 dias em reclusão em regime inicialmente fechado.

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