O governo dos Estados Unidos divulgou aviso para que os cidadãos norte-americanos não viajem ao exterior, inclusive ao Brasil, devido ao crescimento da epidemia de coronavírus, e recomendou que usem os voos ainda existentes para deixar o território brasileiro o mais rápido possível, a menos que planejem ficar indefinidamente no exterior.
O aviso dos EUA, que elevaram para nível 4 o alerta em relação ao coronavírus, é para que se evite qualquer viagem internacional não essencial, e o texto divulgado pela embaixada no Brasil alerta que quem está no exterior deve retornar imediatamente "a menos que estejam preparados para permanecer no exterior por um período indeterminado."â¯
Os EUA já proibiram a chegada de voos de países europeus e da China, e empresas norte-americanas que voam para o Brasil têm suspendido totalmente ou reduzido seus voos para o país.
"A Embaixada dos EUA em Brasília gostaria de informar aos cidadãos dos EUA no Brasil que opções de voosâ¯comerciais permanecem disponíveis com saída do Brasil para os Estados Unidos, porém esperamos que esse número diminua", diz o texto.
"Os cidadãos dos EUA que desejam retornar aos Estados Unidos devem fazê-lo o mais rápido possível, pois a situação de viagem está mudando muito rapidamente e a disponibilidade de â¯voos⯠está sujeita a alterações", acrescenta.
O governo dos EUA ainda não fechou a ligação aérea com o Brasil, mas acompanha com atenção a situação no país, segundo uma fonte.
Apesar de os Estados Unidos serem hoje o terceiro país com mais casos de coronavírus, ultrapassando os 50 mil confirmados, o Brasil não incluiu o país entre aqueles com restrição para ingresso, mesmo tendo alegado, inicialmente, que as razões para a escolha dos países havia sido o risco de contágio.
Depois, o Ministério da Justiça justificou o fato de os EUA terem ficado de fora porque as razões incluiriam "outros critérios" que não apenas o risco de contágio.
O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, alegou que os EUA estariam "em situação semelhante a do Brasil", apesar da diferença no número de casos.
De acordo com uma fonte, o governo brasileiro espera um movimento do governo norte-americano de restrição de voos para então adotar medida semelhante, mas não tomaria a iniciativa.