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Polícia Civil conclui inquérito de chacina em igreja evangélica de Paracatu

Autor de massacre premeditou o crime e motivação estaria ligado ao seu afastamento do grupo da igreja

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Paracatunews
31/05/2019 às 15h19 Atualizada em 31/05/2019 às 20h03
Polícia Civil conclui inquérito de chacina em igreja evangélica de Paracatu
Paulo Sérgio/Paracatunews

Aconteceu na manhã desta sexta-feira (31) uma coletiva de imprensa na 2ª delegacia de Polícia civil de Paracatu, sobre o fechamento do inquérito policial da chacina na igreja evangélica Batista Shalom, ocorrido no dia 21 de Maio, no bairro Bela Vista.

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A delegada responsável pelas investigações, Thays Regina Silva, deu detalhes sobre a conclusão do inquérito e explicou o que teria motivado Rudson  a matar a ex-namorada Heloisa Vieira Andrade, de 59 anos e mais três fieis da igreja.

De acordo com as investigações, Rudson foi afastado da liderança da célula de oração da igreja e excluído de um grupo de Whatsapp da igreja, devido um  mal comportamento. Isso teria despertado a ira dele. Heloisa também teria sido afastada da liderança da célula, devido à situação do relacionamento dos dois, mas ela participava das intercessões da igreja. Contudo, Rudson não quis mais participar dos trabalhos da igreja, após ter sido afastado da direção da célula e ter sido excluído do grupo do Whatsapp.

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A motivação do crime estaria ligado ao afastamento de Rudson da liderança de célula  e do grupo de whatsapp da  igreja, o que teria alimentado nele uma vontade de vingança contra a Ex-namorada e o pastor da igreja.

Segundo Thays, Rudson teria premeditado o crime, uma vez que chegou a distribuir bens particulares para alguns familiares, dizendo que iria embora, chegando demostrar um comportamento estranho.  Rudson ao saber que a ex-namorada estava na casa de sua irmã, pegou um canivete e se deslocou  até a casa da irmã. Ao chegar na residência, Rudson não cumprimentou a Ex, e disse que a mataria, desferindo um golpe no pescoço de Heloísa, que chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo.

Após esfaquear a ex-namorada, Rudson tentou fugir no carro da irmã que sempre ficava com a chave na ignição, mas naquele dia, a chave não estava no veículo e Rudson questionou a irmã sobre a chave do veículo. Transtornado, Rudson deslocou até sua casa, pegou a arma de fogo e seguiu para a igreja Batista Shalom, onde arrancou a grande de proteção e invadiu a igreja em busca de matar o pastor Evandro.

De acordo com Thays, Rudson invadiu o templo procurando matar o pastor Evandro, pórem o pastor havia conseguindo sair da igreja a tempo. Rudson muito irado, atirou no pai do pastor, Antônio Rama e em mais duas fiéis, Rosangela Albernaz e Marilene Martins de Melo Neves. A terceira vítima, chegou a ser refém de Rudson quando a polícia chegou na igreja e mesmo com o diálogo dos militares o criminosos se recusou a soltar a vítima, atirando contra a cabeça dela.

As investigações ainda apuraram que Rudson teria  trocado com um vizinho um Arco flecha na garrucha calibre 36, utilizada na chacina. Na última terça-feira (28), policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em diversas residências. Em uma delas, foi encontrada grande quantidade de armas e munições de calibres restritos e irrestritos. O homem flagrado com o material confessou à Polícia que teria vendido a arma do crime para Rudson. 

Rudson deve responder por quatro homicídios com duas qualificadoras, sendo motivo torpe e sem possibilidade de defesa das vítimas e também por uma tentativa de homicídio contra o pastor Evandro Rama. Rudson não demonstrou arrependimento do crime e nem deu maiores detalhes, disse a delagada.

Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, teve a prisão preventiva decretada na última sexta-feira (24), pelo o juiz José Rubens Borges Matos, da Vara de Feitos Criminais e da Infância e da Juventude de Paracatu.O autor da chachina estava hospitalizado e foi transferido após receber alta, para o complexo Penitenciário em Carmo do Paranaíba, no Alto Paranaíba. Sendo condenado, Rudson pode pegar mais de 100 anos de prisão pelos crimes cometidos. 


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