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Trânsito e serviços de São Paulo mudam neste feriado de 9 de julho
Data é comemorativa da Revolução Constitucionalista de 1932
09/07/2025 07h50
Por: Da Redação Fonte: Agência Brasil

O estado de São Paulo celebra nesta quarta-feira o feriado de 9 de julho, que relembra a Revolução Constitucionalista. A data é uma referência ao levante armado paulista contra o governo provisório de Getúlio Vargas em 1932.

Por conta do feriado, a capital paulista suspendeu o rodízio municipal de veículos e o de veículos pesados e, também, as zonas de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC); e a de Máxima Restrição aos Fretados (ZMRF).

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As avenidas Liberdade e Paulista ficarão fechadas ao tráfego de veículos e abertas para área de lazer, das 9h às 16h. Já as faixas exclusivas de ônibus foram liberadas e ativada a ciclofaixa de lazer. O estacionamento rotativo pago (Zona Azul) funcionará conforme a sinalização do local.

Nos postos de venda em terminais de ônibus e no Expresso Tiradentes, o atendimento será das 6h às 22h. Já os postos Jabaquara, Santana e o Posto Central da SPTrans estarão fechados.

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Os 60 Centros Educacionais Unificados (CEUs) vão estar abertos, das 8h às 18h, com uma programação especial de atividades esportivas, culturais e recreativas. Os mercados Lapa e São Miguel e o Sacolão da Lapa não terão atendimento ao público.

A Estação Cidadania estará aberta, das 7h às 19h, apenas para serviços de alimentação e banho. Já o serviço de comunicação de pessoas desaparecidas por WhatsApp e todos os 52 Conselhos Tutelares, vão trabalhar no regime de plantão por meio de celulares de apoio.

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Um total de 16 serviços estarão sem atendimento ao público, entre eles, os Postos Avançados de Atendimento à Mulher das Estações do Metrô Santa Cecília e da Luz; as Unidades Móveis LGBTI; e a Ouvidoria de Direitos Humanos.

Na área da saúde, as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) integradas operam normalmente, sendo que, na UBS, o atendimento será exclusivamente para vacinação contra gripe, Covid-19 e multivacinação.

Serviços estaduais

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), os hospitais estaduais mantêm o funcionamento normal para atendimento às urgências e emergências, tanto nos prontos-socorros quanto nos setores de internação e centros cirúrgicos.

Os postos de doação da Pró-Sangue Clínicas e Osasco funcionarão, excepcionalmente, nesta quarta-feira, das 8h às 16h. Os postos do Mandaqui, Barueri e Dante Pazzanese estarão fechados. Para mais informações, acesse: www.prosangue.sp.gov.br .

Em relação às Farmácias de Medicamentos Especializados (FME), a Unidade Dispensadora Tenente Pena terá expediente normal. As demais unidades não funcionarão, assim como os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs).

O intervalo médio entre os trens do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no feriado será o mesmo do praticado aos domingos. No caso dos trens da CPTM, haverá mudanças na operação para obras de melhorias e modernização ao longo da via férrea.

Feriado

O dia 9 de julho entrou para o calendário oficial de São Paulo com a aprovação, em 1997, da Lei 9.497 pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sancionada pelo então governador do estado Mário Covas.

O feriado, comemorado em todo o estado de São Paulo, marca a memória da Revolução Constitucionalista de 1932, quando houve uma revolta armada dos paulistas e voluntários aliados de outros pontos do país contra o governo provisório do presidente Getúlio Vargas. Os paulistas acusavam Vargas de ditador e exigiam uma nova Constituição.

Apoiado pelas forças armadas federais, Vargas tinha tomado o poder com a derrubada do governo de Washington Luís e o impedimento da posse de Júlio Prestes, em 1930. O episódio marcou o fim da chamada “República do Café com Leite”, quando políticos de São Paulo e Minas Gerais alternavam-se no comando da Presidência da República. A referência ao café deve-se à produção cafeeira paulista e a leiteira em Minas. A época ficou conhecida também como “República Velha”.

Apesar de ter seu epicentro em São Paulo, a revolta contra Getúlio Vargas contou com setores revoltosos de várias forças do país, como as do Mato Grosso. No entanto, o exército federal, maior e mais bem equipado, suprimiu os conflitos que aconteciam nas divisas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

As batalhas duraram cerca de três meses, de julho a outubro de 1932, com a rendição dos paulistas em 2 de outubro. O dia 9 de julho ficou marcado por ter sido um dos momentos mais emblemáticos do conflito, com a chegada de voluntários de vários locais do país para engrossar as fileiras das forças paulistas.