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Balé e funk se encontram no palco em intercâmbio inédito entre Cia de Dança do Palácio das Artes e coletivo Lá da Favelinha

Resultado da residência será compartilhado com o público no formato de workshop-espetáculo nos dias 9 e 10/7, às 15h, no Teatro João Ceschiatti

Por: Da Redação Fonte: Secom Minas Gerais
07/07/2025 às 10h50
Balé e funk se encontram no palco em intercâmbio inédito entre Cia de Dança do Palácio das Artes e coletivo Lá da Favelinha
Guto Muniz / FIT Foto Pafyeze

O encontro entre o balé contemporâneo e o funk chega ao palco do Palácio das Artes, da Fundação Clóvis Salgado (FCS) . A Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) e a Cia Favelinha, do coletivo do Centro Cultural Lá da Favelinha, promovem juntas uma imersão criativa inédita, que culmina no workshop Sobre Tons na Dança, com apresentações nos dias 9 e 10/7, às 15h, no Teatro João Ceschiatti, em Belo Horizonte.

Mais do que um espetáculo, a proposta é um diálogo vivo entre linguagens coreográficas distintas: de um lado, a tradição e a técnica do balé contemporâneo; do outro, a vibração urbana e identitária do passinho e do funk. Ao reunir esses dois universos em cena, a ação constrói um espaço simbólico e sensível de troca, valorizando as diferentes formas de expressão corporal como instrumento de arte, denúncia e pertencimento.

A troca entre os dois grupos tem início a partir desta segunda-feira (7/7) em uma residência artística, quando ambos se encontram em processo colaborativo. O resultado será compartilhado com o público no formato de workshop-espetáculo, seguido por uma roda de conversa com os artistas, mediada por integrante da Cia Favelinha. A atividade é gratuita e voltada a jovens a partir dos 14 anos da rede pública de ensino, além de demais interessados.

Sônia Pedroso, diretora da Cia de Dança Palácio das Artes, ressalta a importância do intercâmbio.
 

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"Ficamos muito felizes de poder estabelecer essa troca com um grupo que tem sido referência para a juventude, atuando não apenas na prática e no ensino da dança, mas também no incentivo ao protagonismo negro e na criação de bem-estar através da cultura. Afinal, a arte é isso, essa ferramenta que nos possibilita imaginar, juntos, novas formas de expressão, de sensibilidade e de transformação social", relata a diretora.

 
  
  

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A artista Negona Dance, dançarina e coreógrafa na Cia Favelinha, aponta que a união com a Cia de Dança Palácio das Artes é um encontro de mundos, que agora se abraçam, se misturam e se fortalecem.
 

 

"É a quebrada colando com o clássico, o funk de 'responsa' encontrando o plié, e tudo isso criando um espetáculo que fala com a molecada da escola pública, que, muitas vezes, nunca se viu representada no palco de um teatro desses",  reflete a artista Negona Dance.

 
  
  

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Histórias

A Cia Favelinha, antes conhecida como Favelinha Dance, é formada por sete intérpretes-criadores e atua desde 2015, promovendo o acesso à cultura nas periferias de Belo Horizonte por meio do funk, das oficinas de passinho e de apresentações em palcos nacionais e internacionais.

O grupo já dividiu a cena com nomes como Liniker e Karol Conká, em festivais como Sarará e Breve, e se apresentou em países como Reino Unido e França.

Já a Cia de Dança Palácio das Artes, criada em 1971, é uma das mais tradicionais companhias de dança do Brasil. Com 18 bailarinos, a CDPA desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua em produções operísticas da FCS.

Parcerias e realização

O workshop Sobre Tons na Dança integra o programa Sobre Tons, iniciativa do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) com foco na valorização da cultura negra e no enfrentamento ao racismo.

A realização é do Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais , MPMG, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e FCS.

As atividades da FCS contam com mantenedora a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) , Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo FrediZak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo, e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 espaços culturais em diálogo com o turismo e a diversidade artística de Minas Gerais.

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