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Operação combate a sonegação de impostos em Paracatu, Unaí, Guarda-Mor, BH e outras cidades

A operação 'Ceres' do MPMG combate a sonegação de impostos no comércio de grãos em Minais Gerais.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Com informações: MPMG
27/11/2018 às 15h22 Atualizada em 27/11/2018 às 15h59
Operação combate a sonegação de impostos em Paracatu, Unaí, Guarda-Mor, BH e outras cidades
foto: Da internet
A força-tarefa formada pelo Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Fazenda e Polícia Civil e Militar, em conjunto com a Receita Federal, realizou na manhã desta terça-feira (27) a operação CERES. O objetivo da ação é combater fraudes na comercialização de grãos nas regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, no chamado “cinturão dos grãos”.

De acordo com O MP, foram cumpridos 22 mandados de prisão e 44 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Unaí, Paracatu, Guarda-Mor, Belo Horizonte e Contagem, além de Formosa (GO) e São Paulo (SP).

Apurações iniciadas pela Receita Federal e Secretaria de Fazenda, levadas depois ao conhecimento do MPMG, indicaram a existência de uma organização criminosa que incluía produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários beneficiados pelo esquema criminoso que movimentou, por ano, mais de R$ 1 bilhão em notas fiscais “frias”.

Conforme investigado, as chamadas “empresas noterias” emitiram milhares de documentos fiscais ideologicamente falsos, com a indicação indevida do nome de terceiros, para ocultar a real identidade dos produtores rurais. Dessa forma, os verdadeiros produtores conseguiam vender a produção de grãos sem serem identificados, fato que lhes permitia ocultar da fiscalização federal e estadual todo o lucro auferido nas vendas intermediadas pelas empresas de fachada com a indústria nacional.

Além da sonegação do Imposto de Renda (IRPF), do PIS/COFINS e do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL), devidos à União, o esquema criminoso causou um prejuízo aos cofres estaduais superior a R$100 milhões, pelo não pagamento do ICMS incidente nas operações.

Em virtude dos valores sonegados ao Estado, o MPMG, por meio da Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária no Triângulo Mineiro, solicitou o sequestro de bens de vários investigados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

A operação contou com a participação de 139 policiais civis (15 delegados), 39 policiais militares, 60 servidores da Secretaria de Fazenda, 52 servidores da Receita Federal do Brasil e cinco promotores de Justiça.

CERES

O nome da operação remete à deusa romana das plantas que brotam (particularmente dos grãos) ou deusa dos cereais.
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