Minas Gerais Operação em Paracatu
Operação bloqueia R$ 36,4 milhões de grupo acusado de sonegação, agiotagem e lavagem de dinheiro em Paracatu e outras cidades de MG
Além da sonegação fiscal, os investigados também responderão por organização criminosa, falsidade ideológica, usura (agiotagem), estelionato e lavagem de dinheiro
29/04/2025 19h07
Por: Flavia Moreira
Reprodução Internet

 

Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (29/04) a Operação Sistema Paralelo, com foco em desmontar um suposto esquema criminoso liderado por um grupo econômico com sede em Curvelo, que atuava no comércio de celulares e na concessão irregular de empréstimos pessoais em várias cidades mineiras — incluindo Paracatu, no Noroeste de Minas.

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Além da sonegação fiscal, os investigados também responderão por organização criminosa, falsidade ideológica, usura (agiotagem), estelionato e lavagem de dinheiro. O grupo teria movimentado milhões de reais por meio de empresas de fachada abertas em nome de "laranjas", sem emissão de nota fiscal ou registro contábil, e com cobrança de juros abusivos.

A operação cumpriu 31 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva em cidades como Paracatu, João Pinheiro, Abaeté, BH, Sete Lagoas, Três Marias, entre outras.

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Segundo a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, mais de R$ 14 milhões em ICMS deixaram de ser pagos, e a Justiça determinou o bloqueio de bens que somam R$ 36,4 milhões, incluindo veículos de luxo, imóveis, criptomoedas, além da apreensão de armas e munições.

Participaram da ação o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do CIRA (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos), a Receita Estadual, a Polícia Civil e a Polícia Militar. Mais de 150 agentes públicos estiveram envolvidos na operação.

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Em coletiva de imprensa realizada em Curvelo, os promotores responsáveis reforçaram o impacto do esquema nas finanças públicas e na concorrência desleal no setor comercial. A investigação segue em andamento, e novas fases da operação não estão descartadas