Na manhã desta terça-feira (1), a segunda fase da Operação Castelo de Cartas foi realizada em Montes Claros, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e a comercialização ilegal de rifas. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes pontos da cidade e zona rural.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação resultou na determinação de indisponibilidade de bens no valor superior a R$ 2,8 milhões e na apreensão de dois veículos de luxo. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo as investigações, influenciadores digitais da cidade estavam envolvidos na exploração de jogos de azar, por meio de rifas virtuais divulgadas nas redes sociais. Essa prática gerou um aumento patrimonial considerável, com os valores ilícitos sendo ocultados por meio de transações bancárias entre os investigados e suas empresas, além da compra de imóveis e veículos importados.
Para dar uma falsa impressão de legalidade, os envolvidos promoviam "doações" de parte do dinheiro arrecadado, publicavam ações beneficentes nas redes sociais e ainda divulgavam de forma ostensiva um empreendimento de lazer, que pode estar sendo utilizado para lavagem de dinheiro proveniente dos jogos de azar.
O MPMG também informou que, até o momento, não houve prisões, e as investigações continuam sob segredo de justiça. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAO-ET), pela 10ª Promotoria de Justiça de Montes Claros e pela 11ª Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento Especializado.