O vereador Lucas Barbosa do Nascimento denunciou, na noite da última terça-feira (18), um crime ambiental no aterro sanitário de Unaí, revelando também condições degradantes de trabalho que podem configurar trabalho análogo à escravidão. A Polícia Militar foi acionada e verificou que os funcionários do local estavam em um ambiente sem energia elétrica, sem acesso a banheiro, sem água potável e sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de estarem expostos a fumaça tóxica proveniente de um incêndio no lixão.
O caso foi registrado após o vereador encontrar um vigilante em uma guarita improvisada, sem as mínimas condições de segurança. O trabalhador relatou que, sob ordens de seu supervisor, representante de uma empresa, ele deveria permanecer no local para proteger um equipamento de alto valor, mesmo com os riscos evidentes à sua saúde.
Diante da situação, o vereador acionou a Polícia Militar e entrou em contato com um auxiliar do prefeito, que determinou a liberação imediata do vigilante. No entanto, segundo o relato, o representante da empresa insistiu que o trabalhador permanecesse no local, ignorando as condições insalubres.
A denúncia não só aponta um crime ambiental, mas também uma grave violação dos direitos trabalhistas, com indícios de trabalho análogo à escravidão. A Polícia Militar registrou depoimentos e anexou imagens das condições do aterro ao boletim de ocorrência.
A situação ressalta a necessidade urgente de maior fiscalização nas condições de trabalho dos funcionários terceirizados que prestam serviços à administração municipal, além da importância de responsabilizar as empresas contratadas pelo poder público por eventuais irregularidades que coloquem em risco a saúde e a dignidade dos trabalhadores.