A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio da 2ª Delegacia Regional de Paracatu, concluiu a investigação de um crime de extrema brutalidade ocorrido no final de setembro de 2024.
O caso envolveu o homicídio de um homem e a tortura de outro, que foi submetido a cenas de extrema crueldade antes de ser libertado.
As investigações indicaram que a vítima fatal foi assassinada com requintes de crueldade, após sofrer espancamento intenso em uma casa abandonada.
O crime foi cometido por um grupo de 04 (quatro) indivíduos, incluindo um menor de idade, e teve como motivação a suspeita de que a vítima estaria cometendo pequenos furtos na região, o que teria incomodado um grupo ligado ao tráfico de drogas local.
A segunda vítima, que sobreviveu, foi mantida refém pelos criminosos e obrigada a presenciar o espancamento da vítima fatal até sua morte.
Após o óbito, os agressores ainda praticaram vilipêndio ao cadáver, decapitando o corpo da vítima e retirando seu coração. Como parte da tortura psicológica, a vítima sobrevivente foi coagida, sob ameaça de morte, a morder o coração arrancado do corpo.
Além disso, a vítima foi obrigada a carregar o cadáver por uma longa distância até uma área de mata, onde o grupo desovou o corpo em uma cisterna.
Durante todo o percurso, a vítima continuou sendo ameaçada e agredida, até que os criminosos decidiram poupá-la e a libertaram sob intimidação, advertindo que qualquer denúncia resultaria em represálias contra sua família.
Após os atos investigativos iniciais, a Polícia Civil representou pela prisão temporária dos envolvidos. Com o apoio da Polícia Militar, foi possível efetuar a prisão de um dos suspeitos e a apreensão do menor.
Ao final da investigação, diante da gravidade do crime e do risco à ordem pública, a Polícia Civil representou pela conversão da prisão temporária dos investigados em prisão preventiva, que foi deferida pelo Juízo Criminal de Paracatu-MG. Os investigados já possuíam registros policiais por tráfico de drogas e roubo.