Aconteceu nesta segunda-feira (12) mais uma reunião do legislativo na Câmara Municipal de Paracatu. Na reunião desta segunda-feira, durante o uso da tribuna, o advogado Leonardo da Paixão, representando motoristas de transporte escolar do município, falou da situação complicada que os transportadores vem enfrentando, após um contrato firmado entre a prefeitura e uma cooperativa de Belo Horizonte.
De acordo com Leonardo, o salário pago aos transportadores é irrisório e não da condições para que os transportadores possam continuar realizando o transporte de estudantes. Segundo Leonardo, o salário oferecido de R$ 6.600, tirando imposto de nota e mais 20% para a cooperativa, o que sobraria para os transportadores não daria para custear os gastos com combustíveis e muito menos para manutenções dos veículos, e outros gastos dos transportadores. Além disso, ainda querem que contratemos um monitor, é louvável isso, mas teremos que tirar mais este custo do nosso salário.- Disse Leonardo.
Ainda de acordo com Leonardo, a carga horária dos transportadores e muito cansativa, tem um transportador por nome Vagner, que sai de casa 05h40 da manhã e só volta pra casa quando entrega o último aluno há 00h20. Precisamos saber como está cooperativa Sudeste, chegou a Paracatu, saber a regularidade desta cooperativa e quem vai arcar com o prejuízo que estamos tendo. - Disse.
“Não da para trabalhar desta forma, Foi feito um pedido de urgência que todos os transportadores, solicitassem junto as suas diretoras os pontos do mês, mas Fomos comunicados que não vamos receber este mês. A prefeitura não vai pagar os 101 transportadores. Se até sexta-feira não pagarmos os postos de combustíveis, não vamos ter como conseguir combustível, desta forma, vamos ser obrigados a parar, por não ter condições de trabalhar”. Disse Leonardo.
O Prefeito aderiu a uma ata de Belo Horizonte e que a ganhadora foi a Cooperativa Sudeste, que não tem nenhum carro, vieram somente para contratar os 101 transportadores de Paracatu. O ato não é ilegal, mas é imoral. Porque a prefeitura não fez um contrato de emergência por três meses com os transportadores, e abrisse uma licitação justa, queremos ganhar o que é justo, queremos se tratados com dignidade. Finalizou.
O vereador e presidente da Casa, Ragos Oliveira, falou da situação vivida pelos transportadores, e disse que a situação é complexa, já que a contratação da cooperativa foi feita pelo executivo, e a câmara não conhece o teor do contrato. De forma legislativa, não temos ferramentas ou mecanismos para fazer uma intervenção no executivo, quando se trata de contrato direto de prestação de serviço, por causa da nossa limitação. Mas, limitação política não temos, uma interversão política, podemos fazer. Podemos sentar com o prefeito e secretários, para tentar buscar uma saída, pois não podemos permitir que crianças percam dia de aula e fiquem prejudicadas. – Disse.
O vereador Jueli do ônibus fez um requerimento, pedindo que o executivo mande o contrato para a Câmara para que possa ser analisado pelos vereadores.
Em nota, a Prefeitura discorda dos Transportadores e diz que o movimento não irá prejudicar os alunos
“No que refere a aventada paralisação, a Secretaria Municipal de Educação esclarece, que este não é um movimento hegemônico entre os transportadores.
Para aquelas possíveis linhas que venham a parar, a secretaria junto com a cooperativa contratada para a prestação do serviço já estão providenciando substitutos para garantir o transporte dos alunos.”