Minas Gerais Polícia Federal
Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em operação contra fraude no Seguro DPVAT em Jaíba e Janaúba
Ficou constatado, ainda, que um profissional da saúde emitia pareceres periciais falsificados para facilitar a liberação dos pagamentos.
13/02/2025 12h25 Atualizada há 5 meses
Por: Flavia Moreira
Polícia Militar

 

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (13), três mandados de busca e apreensão durante a operação "Sinistro Fantasma", que visa desarticular um esquema criminoso de fraudes no Seguro DPVAT em Jaíba e Jaúba. Os policiais estiveram em endereços ligados aos investigados, como escritórios e residências.

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De acordo com a PF, as investigações começaram a partir de uma denúncia da Caixa Econômica Federal, que identificou padrões suspeitos em vários pedidos de indenização. Nas apurações ficou evidenciado que o grupo utilizava documentos falsificados para solicitar indenizações indevidas.

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“O grupo criminoso fabricava boletins de ocorrência, laudos médicos e outros documentos para simular acidentes de trânsito que nunca aconteceram. Em muitos casos, as supostas vítimas sequer estavam envolvidas nos incidentes relatados, e em outros, as lesões descritas eram incompatíveis com os eventos narrados”.

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Ao longo da investigação, foi descoberto que um único intermediário atuava como procurador em mais de 250 solicitações, das quais 157 foram indeferidas por inconsistências documentais e 92 resultaram em pagamentos indevidos.

 

Ficou constatado, ainda, que um profissional da saúde emitia pareceres periciais falsificados para facilitar a liberação dos pagamentos.

“Entre os casos mais emblemáticos, destaca-se o de uma criança de apenas seis anos que recebeu o seguro DPVAT, apesar de o boletim de ocorrência registrar apenas "pequenas escoriações" no acidente. No entanto, no laudo médico fraudado, constava que o paciente estaria gestante, evidenciando a adulteração grosseira do documento”.

Durante as diligências realizadas nesta quinta, foram apreendidos documentos, celulares e computadores. Os envolvidos podem responder pelo crime de estelionato qualificado, com pena de até seis anos de reclusão.