Aconteceu na tarde de ontem (26) na Câmara Municipal de Paracatu uma audiência pública para discutir sobre a grande falta de água no município. A reunião proposta pela Comissão de Administração Pública, foi aprovada por meio de requerimento e presidida pela pela presidente da comissão de administração pública a Vereadora Marli Ribeiro.
A audiência pública contou com a presença da Superintendente de Operações da Copasa Cristiane Carneiro, Diretora Elenice Loubac e Secretários Municipais de Planejamento e Meio Ambiente, além de vereadores e população.
O município vive hoje, uma das piores crises hídrica da história, onde parte da população está ficando sem água há dias. Um dos objetivos da audiência pública era discutir a grave situação da falta de água e buscar esclarecimentos e soluções para os problemas de abastecimento de água na cidade.
A companhia de saneamento de Minas Gerais a Copasa foi questionada sobre os investimentos que já deveriam ter sido feitos, e as medidas emergenciais que estão sendo tomadas pela companhia para resolver o problema da grande falta de água no município.
A Superintendente de Operações da Copasa, Cristiane Carneiro, falou da grande crise hídrica que tem atingido não só Paracatu, mas também 90 cidades em Minas. Cristiane ressaltou que a situação de Paracatu é grave e que região não tem água. "A região não tem água, a Copasa não fabrica água, a companhia só consegue tratar a água que capta de rios e poços". Paracatu não é setorizada o que dificulta que a água chegue em bairros nas partes mais alta, e para amenizar este problema, estão sendo instalados registros, para permitir que á agua chegue nestes locais. - Disse.
A Companhia esclarece que em condições climáticas normais, a vazão da água captada no ribeirão e nos poços para atender a população é de 202 litros por segundo. Atualmente, em razão da pior seca dos últimos 100 anos em Paracatu, essa vazão tem oscilado entre 150 l/s a 58 l/s.
Moradores de diversos bairros reclamaram da grande falta de água na cidade, até mesmo para higiene pessoal, alimentação e outras necessidades. Outra demanda da população era sobre os valores das contas que estão chegando, bem mais caro que antes, sendo que não estão tendo o abastecimento de água corretamente, devido o rodizio criado pela copasa no dia 1° de setembro.
A Diretora da Copasa de Paracatu Elenice Loubac, afirmou que providências emergênciais estão sendo tomadas pela companhia, bem como a perfuração de mais cinco poços para ajudar no abastecimento da cidade, e caminhões pipas rodando 24 horas para ajudar no abastecimento de vários bairros que estão sem água.
Vereadores da Comissão Nilda da Associação, Batista, Paraíba, Gilsão do Paracatuzinho e Silvio Magalhães, cobraram uma ação mais enérgica e uma solução rápida da companhia para a grande falta de água no município, e se mostraram muito preocupados com o cenário de escassez hídrica que assola o município de Paracatu. Vereadores ainda sugeriram que a companhia fizesse uma tarifa mínima nas contas de água da população, já que a água não está chegando às torneiras, e o ar que passa pelo medidor de água estaria deixando as contas mais caras.
Cristiane ressaltou que a tarifa mínima não seria a solução, ao contrário, traria muito mais problema, já que muitas pessoas não teria a consciência que deve economizar. A Comissão de Administração irá apresentar um relatório da reunião contendo as reivindicações, colocações e também o planejamento da Copasa para a solução de todos os problemas relacionados com o tema em questão.
O Prefeito Municipal Olavo Condé decretou no dia 18 de Setembro situação de emergência em Paracatu, devido a grande crise hídrica que o município vem passando.
Paulo Sérgio/Paracatunews