Saúde Saúde
Confira cuidados para evitar doenças diarreicas no litoral paulista
População deve higienizar as mãos e evitar alimentos mal cozidos
05/01/2025 18h15
Por: Da Redação Fonte: Agência Brasil

Cidades do litoral paulista, especialmente Guarujá e Praia Grande, têm sido notícia nos últimos dias por conta de casos de doenças diarreicas. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo orienta a população a tomar alguns cuidados para impedir o avanço da contaminação por essas doenças.

“Diante do aumento das gastroenterites, a principal recomendação é reforçar a higienização das mãos, principalmente antes de se alimentar e antes de preparar qualquer tipo de alimento, e evitar alimentos mal cozidos. Se for fazer consumo de alimentação fora da residência, que esteja atento às questões de higiene do estabelecimento em questão”, alertou a diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da Secretaria de Estado da Saúde, Alessandra Lucchesi, em entrevista à Agência Brasil .

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Para consumo de água, gelo e sorvete, o alerta é para que sejam de fontes confiáveis e que se utilize água tratada. Além disso, em relação ao armazenamento, é recomendado que os alimentos sejam devidamente refrigerados, por conta das altas temperaturas observadas neste início de ano.

Para fazer a desinfecção da água em casa, a população pode fazer uso do hipoclorito de sódio (água sanitária) a 2,5%, caso perceba alguma alteração de cor, gosto ou cheiro na água fornecida pelo sistema de abastecimento público. “A recomendação da proporção é de duas gotas por litro de água, esperar 30 minutos para depois fazer o consumo, tanto para a ingestão quanto para cozinhar ou até mesmo para lavar os utensílios”, orientou a diretora. Ela ressalta que o hipoclorito de sódio está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde (UBSs).

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No caso dos municípios, a recomendação do governo do estado é que estejam atentos às unidades de pronto-atendimento, que são os serviços normalmente mais procurados neste período, e que verifiquem o aumento dos atendimentos por doença diarreica aguda. São feitas ainda recomendações de coleta e organização de fluxos.

“A partir disso, [a orientação é que] comecem a monitorar os territórios para que a gente possa entender quais são os bairros com a maior incidência de casos. E então, com todos os procedimentos que já são da rotina, fazer a notificação, a investigação e, quando aplicável, fazer a coleta de amostras de fezes, amostras de água ou até mesmo investigar uma possível fonte comum de contaminação que porventura possa ser algum alimento”, disse Alessandra Lucchesi.

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Outra forma de prevenção de doenças diarreicas, destacou a diretora, é não tomar banho em praias classificadas como impróprias. Para consultar a qualidade da água do mar, há um monitoramento da situação das águas no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) . Das 175 praias frequentadas por banhistas no estado de São Paulo e que são monitoradas pela Cetesb, 38 estão impróprias para banho.

A população pode também acompanhar a bandeira de sinalização das praias: se ela estiver vermelha, isso indica que a praia se encontra imprópria para banho. Não é recomendado o banho na água 24 horas após as chuvas, por conta do risco de deslocamento de alguns resíduos para a água do mar. “Essas medidas de precaução já auxiliam consideravelmente na interrupção da transmissão dessas doenças diarreicas e gastroenterite de modo geral”, destacou Alessandra Lucchesi.