Foi realizada na tarde desta segunda feira (15) na Câmara Municipal de Paracatu, uma coletiva de imprensa no gabinete do presidente da casa legislativa, João Archanjo, sobre a operação “Templo de Ceres” deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por meio da 3° promotoria de Justiça de Paracatu e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação deflagrada é exclusiva para tratar sobre suposto fornecimento de notas fiscais fraudulentas referentes a serviços não prestados de aluguel de veículos.

Durante coletiva, o vereador João Archanjo (Chapuleta) disse que não tinha muitas informações sobre a operação deflagrada pelo MP, na última quinta-feira (11), mas que a Câmara estava colaborando para os trabalhos de investigações. João ainda ressaltou que desconhece quaisquer tipos de fraudes suspostamente praticadas pelos vereadores, mas só quem poderá afirmar, ou não, se houve tais fraudes, será o Ministério Público que está à frente das investigações.

O vereador ainda afirmou que existe um processo rigoroso de controle interno de notas na Câmara, que fiscaliza e analisa todas as notas fiscais, antes de ser realizado qualquer tipo de pagamento a vereadores. Eu não tenho poder sobre verba de cada vereador, eu sei da minha verba. Verba indenizatória é individual para cada vereador, sendo depositada na conta do parlamentar. Na Câmara não existe Nota Fria. - Afirmou João Archanjo.

O presidente da Câmara ainda disse, que a verba de gabinete já vem de outros governos, mas que só agora houve denúncias, mas que é de obrigação da promotoria de justiça fiscalizar. Sou a favor de acabar com a verba de gabinete, pois desde o início deste ano, tramita nas comissões um projeto de minha autoria, para acabar com a verba indenizatória, porém, não depende só de mim acabar com a verba de gabinete. - Disse

“O que depender de mim, estou disponível para o Ministério Público e para a sociedade, não corro do pau, estou junto e pronto para o que der e vier. Se houve erros, quem errou, vai ter que pagar. Eu tenho consciência que a Câmara tem feito da melhor forma possível”. 

O ParacatuNews,  perguntou ao vereador João Archanjo, se ele tinha conhecimento de quantos vereadores estaria sendo investigados pelo MP, ele foi  categórico em responder que não. Ainda perguntamos se ele acreditava na inocência dos vereadores. “Até que provem o contrário, eu acredito na inocência dos vereadores”. - Afirmou João Archanjo.

Na última quinta-feira (11) foram cumpridos, 20 mandados de Busca e apreensão em empresas, residências e na Câmara Municipal de Paracatu. As investigações tiveram início no dia 09 de Março deste Ano. As investigações ocorrem depois de denúncias feitas pelo Movimento Mais Paracatu, e outros.

O caso é investigado por cinco promotores de Justiça da cidade. Na última sexta-feira (12) foi realizada a oitiva dos investigados, entretanto as investigações seguem em sigilo.