Aconteceu na tarde da última quinta-feira (19) na câmara municipal de Paracatu, uma reunião extraordinária, realizada pela Comissão Especial da Saúde, com objetivo de apresentar um relatório de vários problemas detectados pela Comissão, no dia 11 de Maio no Hospital Municipal de Paracatu.
A reunião contou com a presença do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Eurípedes Tobias, presidente da comissão, Greik de Oliveira (PRB), o relator Joãozinho Contador ( PMB), presidente da Câmara João Archanjo (SDD) e membros da comissão, Hamilton Batista (PSDB) e Glewton de Sá (PROS). Além da participação dos vereadores Rosival Araujo (PT) e Marlon Gouveia (PHS).
O relatório lido pelo vereador Joãozinho Contador, relator da comissão, apresentou diversos problemas que foram detectados no Hospital Municipal de Paracatu. O relatório de aproximadamente 18 páginas, abordou uma série de falhas e problemas, no hospital público do Município.
O relatório sugere urgentemente a informatização de todos os setores de forma interligada inclusive com as unidades básicas de saúde, e de todos os setores internos do hospital. Objetivo é melhorar o controle e acompanhamento dos pacientes e procedimentos.
A troca e a implantação de um sistema, mais eficaz, sendo que o atual está falhando e sucateado por não atender de forma dinâmica, tanto internamente, quanto externamente, os usuários do SUS.
De acordo com o relatório, a falta de profissionais na área de saúde é enorme, por ter funcionários afastados, e outros desviados de função, devido licenças médicas e atestados apresentados, tanto de ordem física, como emocional. A falta de materiais é um dos fatores que mais tem afetado a saúde dos profissionais. Os profissionais estão sobrecarregados, gerando muitas horas extras.
A necessidade de rever o consórcio intermunicipal entre os Municípios do Noroeste, haja vista a demanda de pacientes de outras localidades, sem que haja uma contraprestação; a prioridade no atendimento deve ser sempre dos munícipes.
Licitações
Departamento de licitações da Prefeitura vem atrasando de forma reiterada a aquisição de materiais médicos hospitalares essenciais para o atendimento público. A lista de compra e encaminhada em tempo hábil, no entanto, existe atraso reiterado, às vezes ocorre dos diretores cobrarem da prefeitura muitas vezes e quando vão investigar a demora, os processos licitatórios estão engavetados. Faltam materiais essenciais, como sabão para limpeza.
O numero de funcionários responsaveis pela limpeza é muito pouco, sendo que 23 pessoas giram em dois turnos de trabalho. Camas e poltronas para acompanhantes e internos precisam de reformas.
Ambulâncias e demais veículos necessários para o transporte de pacientes, estão sucateados necessitado de substituição por veículos novos. São cinco ambulâncias para atender os pacientes, sendo que só três, estão em funcionamento. Entre outros problemas relatados no relatório;
- Necessidade de dar posse aos servidores da área técnica, que passaram no último concurso público o qual expira em julho deste ano.
- Alta demanda de atendimento no pronto-socorro de situações que não são emergências, ou seja, seriam prontamente resolvidas em uma unidade básica de saúde.
- Ineficiência do departamento de licitação na aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares, os quais são indispensáveis para um serviço público de natureza essencial.
- Rever a política de atendimento no tocante a internação de pacientes crônicos ou de natureza ortopédica que em sua grande maioria ficam internados no hospital ocupando leitos, tomando medicamentos tais como: analgésicos, simplesmente à espera, para serem remanejados mais rápido.
- Cancelamento de cirurgias agendadas há meses, que são desmarcadas para atendimentos cirúrgicos emergenciais de poli traumas decorrente de acidentes e tentativas de homicídio.
- Necessidade de pagamento das horas extras realizadas tanto pelos médicos como pelas demais equipes.
O relatório de caráter informativo e que visa informar de forma resumida, todas as etapas desenvolvidas pela Comissão Especial de Saúde, foi aprovado e encaminhado ao Ministério Público, bem como ao Prefeito Municipal, ao Conselho Municipal e Secretária Municipal de Saúde, além da Diretoria do Hospital Municipal.
Paulo Sérgio/Paracatunews