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Comissão da Câmara cobra respostas de péssimos serviços prestados por construtora em Paracatu

Segundo ambientalista, casas do residencial Sarah Kubitschek correm risco de afundar em caso de fortes chuvas.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Fotos: Divulgação/ Câmara Municipal de Paracatu
22/04/2016 às 22h19
Comissão da Câmara cobra respostas de péssimos serviços prestados por construtora em Paracatu

Aconteceu na tarde da Última quarta-feira (20) na câmara municipal de Paracatu, uma audiência pública, da comissão de Administração, Serviços Públicos e Cidadania, para discutir e buscar soluções referentes aos serviços prestados pela construtora Cherem, no residencial Sarah Kubitschek,no bairro JK II.

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A comissão apresentou várias reclamações na audiência pública, bem como, rachaduras de algumas residências, pisos que estão soltando, tomadas com defeitos, entre outros problemas.

Participaram da audiência pública, o secretário de obras Paulo Cezar André, Ana Amélia Medeiros, da assistência social, tenente Romis, da Polícia Militar Ambiental e Rodoviária, o ambientalista Tonhão Vieira, o presidente das associações de bairros, Mauro Mundim, além de vereadores e representante do Crea.

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O vereador Oswaldinho da Capoeira relatou sobre a situação dos moradores do residencial Sarah Kubitschek e ainda ressaltou que as casas do residencial, são de má qualidade, com quartos que não cabem guarda-roupas, cozinhas pequenas, além de ruas mal feitas. Oswaldinho ainda disse, que não é só culpa da caixa econômica federal, mas também da prefeitura de Paracatu, que teria que fiscalizar a obra.

De acordo com o ambientalista, Tonhão, os moradores do residencial Sarah Kubitschek poderão ter sérios problemas, com as chuvas fortes. Segundo Tonhão, tem casas no bairro, que poderão afundar literalmente, por causa das grotas que foram aterradas. Quando foi adquirido aquele terreno para construção das casas, foi informado que ali era uma área de preservação permanente e foi feito um ofício de denúncia junto ao ministério público, mas até hoje, não houve respostas. - disse Tonhão.

Ainda segundo o ambientalista, o órgão que deve fiscalizar estas obras o CREA, é omisso o tempo inteiro, vemos inúmeras construções construídas de maneiras equivocadas, desrespeitando áreas de preservação permanente e áreas de nascentes em Paracatu, como as casas construídas pela construtora Cherem, no JK II. O Açude não dura mais cinco anos, as nascentes estão agonizando e uma já morreu, e outras vão morrer. Estamos num colapso em Paracatu. – afirmou Tonhão

O Representante do CREA esteve presente na audiência e relatou que assim que o CREA recebe uma denúncia, os reesposáveis são notificados e recebem as devidas multas.

A vereadora Eloisa Cunha, presidente da comissão, cobrou ações rápidas por parte dos órgãos competentes, e criticou a ausência de representes da construtora Cherem, que se quer, respondeu ao pedido de esclarecimentos da comissão. E que uma nova reunião de urgência, foi marcada para o dia 4 de maio às 16hs, onde novamente serão convocados representantes da construtora, para prestar esclarecimentos e soluções imediatas para tais problemas.  A caixa econômica federal deverá também ser comunicada sobre os problemas apresentados no residencial.

O secretário de obras, Paulo Cezar André, concordou que as casas são muito pequenas e quase sem espaço, mas ressaltou que o processo de construção destas casas foi do governo passado e não do governo atual.  Segundo Paulo Cezar, o governo atual só acompanhou o andamento e entrega das casas.

O site Paracatunews tentou entrar em contato com a construtora Cherem, porém sem êxito até o momento. Ainda tentamos um contato com o deputado Fábio Cherem, que foi mencionado na audiência pública, como sendo o proprietário da construtora, mas até o fechamento desta matéria, não recebemos respostas.  

Todos os nomes citados nesta reportagem poderão se manifestar com direito de respostas.

 

Paulo Sérgio/Paracatunews

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