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Cuidado multiprofissional vem mostrando resultados na educação infantil
A integridade do cuidado multiprofissional tem se tornado um aliado na prática na educação infantil. Pesquisas mostram que crianças que são acolhid...
06/05/2024 16h15
Por: Da Redação Fonte: Agência Dino

O cuidado multiprofissional na educação infantil emergiu como um elemento importante para o desenvolvimento integral e saudável das crianças em idade pré-escolar. Relatórios como o Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil, divulgado pelo MEC destaca a relevância dessa abordagem para promover um ambiente educacional enriquecedor e propício ao crescimento físico, cognitivo, emocional e social dos pequenos.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a educação infantil desempenha um papel fundamental na formação das bases do aprendizado ao longo da vida, sendo um período crucial para o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais. Nesse contexto, a presença de uma equipe multiprofissional capacitada é fundamental para atender às necessidades específicas de cada criança, garantindo uma educação inclusiva e de qualidade.

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De acordo com estudos divulgados pela American Psychological Association-APA e pela UNICEF, a interdisciplinaridade no cuidado à infância proporciona uma visão holística do desenvolvimento infantil, considerando aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Profissionais como pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais desempenham papéis complementares na identificação e no apoio às demandas individuais de cada criança, contribuindo para o seu pleno desenvolvimento.

Ainda segundo os dados trazidos pela UNICEF, a neurociência demonstra que o cérebro das crianças pequenas possui uma notável plasticidade, significando que está constantemente em processo de aprendizagem e é altamente suscetível a mudanças, especialmente nos primeiros 1.000 dias, desde a concepção até os 2 anos de idade, período que constitui a base das estruturas que sustentam a aprendizagem ao longo da vida, influenciando o desenvolvimento das habilidades emocionais, cognitivas e sociais, bem como a capacidade intelectual, habilidades e competências. Portanto, deve-se proporcionar estímulos adequados às crianças nesse estágio crucial, em um ambiente acolhedor e estimulante, repleto de cuidado, afeto e interações frequentes com adultos significativos para elas. 

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O cuidado de crianças com transtornos neurocognitivos demanda uma abordagem especializada e compreensiva, considerando as complexidades de seus desafios cognitivos e emocionais. Estes transtornos, como o autismo, a síndrome de Down e o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), afetam o funcionamento cerebral, influenciando o desenvolvimento da linguagem, da cognição e das habilidades sociais. Portanto, fornecer intervenções personalizadas como o contato com atividades lúdicas, que visem tanto a maximização do potencial de cada criança quanto o suporte às suas dificuldades específicas é uma prática que deve ser pensada no cuidado da equipe interdisciplinar, conforme traz o artigo da Educação Pública.

Conforme dados de um estudo feito pela UfsCar, composta por profissionais da saúde, educação e serviços sociais, desempenha um papel essencial na avaliação, planejamento e implementação de estratégias de intervenção adaptadas às necessidades individuais de cada criança e no desenvolvimento de atividades mais inclusivas. Além disso, é fundamental envolver e apoiar as famílias, oferecendo-lhes recursos, orientação e apoio emocional para enfrentar os desafios associados ao cuidado de uma criança com transtorno neurocognitivo.

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Para Tatiana Novaes, Diretora da instituição Helper Assessoria, que promove um ambiente terapêutico ao ar livre, no conceito "jardim de casa", cada criança é única, com suas próprias necessidades, habilidades e desafios, e é fundamental que tenhamos profissionais especializados em diferentes áreas trabalhando em conjunto para fornecer um suporte abrangente e personalizado. Para ela, "a interação entre educadores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, permite uma avaliação mais completa das necessidades de cada criança e o desenvolvimento de planos de intervenção que abordem não apenas suas habilidades, mas também seu bem-estar emocional, social e físico. E finaliza, "além disso, uma abordagem colaborativa pode facilitar a identificação precoce de possíveis dificuldades de aprendizagem ou desenvolvimento, permitindo intervenções precoces e efetivas. Ao trabalhar em equipe, a intenção é proporcionar um ambiente educacional inclusivo e acolhedor, onde todas as crianças tenham a oportunidade de alcançar seu máximo potencial e se desenvolver de maneira integral."