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Monsanto e MTB Green são autuadas em mais de 30 mil por causar poluição ambiental em Paracatu

A empresa Monsanto do Brasil realizava um controle de pragas em suas dependências, quando 14 funcionários foram intoxicados por gás tóxico.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Paulo Sérgio/Paracatunews
29/06/2015 às 09h52
Monsanto e MTB Green são autuadas em mais de 30 mil por causar poluição ambiental em Paracatu

Quatorze trabalhadores da empresa Monsanto do Brasil, deram entrada no pronto socorro de Paracatu na última quinta-feira (25), com intoxicação por gás tóxico. De acordo com a Polícia Militar do Meio Ambiente, a empresa Monsanto, realizou no dia 19 Junho deste ano, um processo de expurgo para o controle de insetos em grãos armazenados em um armazém de 3.600 metros quadrados da empresa. Neste armazém, foram usados aproximadamente 1.200 saches com 34 gramas cada de Gás (FOSFINA), que foram espalhados em pilhas de milho dentro do armazém, que foi lacrado logo em seguida.

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Segundo a Polícia Ambiental, a empresa MTB Green que faz controle de pragas, seria a empresa responsável por colocar e retirar o material tóxico deste armazém. Durante este processo, a empresa realizava o controle do gás de duas em duas horas até que fosse feita a abertura do armazém, que aconteceu ainda no dia (25), por volta das 18h.  Durante a abertura deste armazém, foi feito um isolamento de um raio de aproximadamente 200 metros, onde o acesso só era permitido para pessoas qualificadas e com o uso de equipamento de proteção individual (EPI). Durante este processo, a empresa utilizou um ventilador de grande porte para a dispersão do ar e utilizado um aparelho de aferição de gás PH3, foi realizado a aferição dentro e fora do armazém, resultando 0,00 partes por milhão (PPM).

Segundo um responsável da empresa Monsanto, após o processo de liberação do veneno, funcionários da empresa começaram a passar mal, reclamando de falta de ar e dores de cabeça, sendo disponibilizado um médico do trabalho e dois funcionários que fizeram socorro dos trabalhadores ao pronto socorro municipal. Os funcionários receberam atendimentos e foram liberados posteriormente. Ainda segundo a empresa, todas as práticas de monitoramento de qualidade da água, do ar e da alimentação, são adotadas, além de rigorosos padrões de segurança e monitoramento de todos os produtos e matéria prima agrícola e industrial utilizados na unidade. As atividades no que se refere ao expurgo já haviam sido suspensas pelas empresas envolvidas.

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De acordo com a Polícia Ambiental, foram lavrados dois autos de infração ambiental, um para cada empresa envolvida na poluição, totalizando R$ 30.053,78. A denúncia foi realizada pela imprensa local, que recebeu as informações de alguns funcionários, sendo repassadas para a polícia no dia (26). As empresas responsáveis possuem autorização ambiental de funcionamento. 

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