O mais recente tremor, de magnitude 7,3, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, teve o epicentro perto da cidade de Namche Bazar, nas cercanias do Monte Everest, a cerca de 85 km da capital nepalesa, Katmandu. Ele teria ocorrido a 19 km de profundidade.
De acordo com as primeiras informações das autoridades nepalesas, pelo menos 29 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas.
Meia hora mais tarde, um tremor secundário de magnitude 6,3 foi detectado no distrito de Ramechap. Pelo menos outros cinco tremores também foram sentidos na região.
O novo tremor foi mais fraco que o de março, mas ainda assim causou destruição
O epicentro foi mais profundo que o do tremor de 25 de abril - tremores mais "rasos" tendem a causar mais danos na superfície.
Ainda não há informações sobre vítimas, mas segundo a ONU há relatos de desabamentos.
O tremor também foi sentido na capital da Índia, Nova Déli, onde prédios tremeram por mais de 1 minuto, e na capital de Bangladesh, Daca.
Em Katmandu, milhares de pessoas saíram às ruas, em pânico.
Já o terremoto de 25 de abril teve magnitude 7,8 (liberando uma energia mais de 5 vezes maior que o desta terça-feira), e, segundo a ONU, destruiu mais de 70 mil casas e edifícios. Um terremoto de 7,3, ainda que mais fraco, tem o potencial para causar estragos significativos em estruturas e provocar deslizamentos de terra e avalanches.
Pacientes de um hospital em Katmandu são evacuados por causa do segundo terremoto
Os esforços de ajuda humanitária para o primeiro terremoto ainda estão em andamento, tanto que o exército nepalês apenas esta semana conseguiu chegar a algumas das áreas mais remotas no país - o Nepal está localizado em terreno majoritariamente montanhoso.
Na semana passada, a ONU se queixou de ter recebido apenas US$ 22 milhões dos mais de US$ 400 milhões necessários para as operações.
Mais de 2 milhões de pessoas ainda estão desabrigadas.