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Clube do livro dentro da escola incentiva o hábito da leitura entre os jovens
Em Brasília, o Colégio Sigma criou o Clube do Livro SigLivroLivre, que reúne jovens do 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio
15/04/2024 11h56
Por: Da Redação Fonte: Agência Dino

No país, cerca de 100 milhões de pessoas são consideradas leitoras, é o que mostra o levantamento "Retratos da leitura no Brasil", realizado pelo Instituto Pró-Livro. A pesquisa, publicada em 2020 e com referência de 2019, mostra que 52% da população leu pelo menos um livro nos 3 meses anteriores à entrevista. E como qualquer outro hábito, a leitura precisa ser desenvolvida, principalmente entre crianças e jovens. O estudo mostra que meninas e meninos entre 5 e 10 anos representam 11,7% dos leitores, enquanto os adolescentes entre 14 e 17 são apenas 9,8%. Dessa forma, escolas buscam incentivar cada vez mais a prática desde cedo em seus alunos, com projetos e com o estímulo para que todos visitem e busquem novos livros na biblioteca das instituições. 

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Uma boa opção de atividade para estimular os estudantes são os clubes de leitura, nos quais regularmente um grupo se reúne para debater, compartilhar ideias, opiniões e experiências relacionadas ao livro escolhido previamente pelos membros. Em Brasília, o Colégio Sigma criou o Clube do Livro SigLivroLivre, para os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio.

A proposta do projeto é que a primeira leitura seja escolhida pelo professor responsável de cada unidade da escola, para dar início ao clube, e a partir do segundo encontro, o livro seja escolhido em conjunto. Cada estudante pode sugerir uma história e defender a sua sugestão e, ao final, o grupo vota no preferido. “O clube é um espaço aberto e democrático. É importante que os jovens entrem receptivos e prontos para conhecer, discordar, concordar, ouvir e pensar”, afirma Vanessa Cajá, professora de redação do Colégio Sigma. 

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Esse tipo de projeto dentro da escola possibilita o desenvolvimento do pensamento crítico e a ampliação da visão de mundo do estudante, segundo o professor de literatura da instituição, Guilherme Alves da Silva. “Primeiro, com a leitura e segundo com o debate feito a partir dela”, afirma. “As visões que os alunos possuem da leitura são múltiplas, logo, acrescentam-se, tornando o debate muito rico e proveitoso. Eles acabam conduzindo o desenvolvimento da discussão no encontro”. 

Gabriel Farias, professor de português e literatura, concorda com o colega e aponta que o clube do livro só traz benefícios para os jovens. “O principal é o fato de a leitura poder ser enriquecida cada vez mais quando é compartilhada. Além disso, também auxilia na ampliação do repertório deles e facilita o exercício constante da memória”, afirma. 

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Os professores também comentam que os alunos entendem a importância do clube do livro dentro da escola. “Eles entendem que o projeto agrega na vida deles por desenvolver o hábito da leitura e por possibilidades de novas análises e perspectivas de mundo, mais conscientes e críticas”, aponta Guilherme. “Além de consolidar o hábito de ler, o clube também expande a consciência e a ‘lente’ que os adolescentes podem utilizar para ver o mundo. É um instrumento poderoso de construção do eu, de relações sociais e da realidade humana”, afirma Vanessa. 

E os estudantes estão empolgados com o início de um novo ciclo do SigLivroLivre. “Principalmente aqueles que gostam de ler, uma vez que veem a possibilidade de trocar ideias com os colegas sobre o que estão lendo”, conta Gabriel. “É um projeto que tende a despertar e gerar um encantamento nos alunos”, finaliza Vanessa.