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Vereadora Marli Ribeiro apresenta projeto de lei de prevenção ás drogas, em Paracatu

O projeto pede que os hospitais notifique o conselho do tutelar e Ministério Público, quando houver ocorrências de uso de bebidas alcoólicas ou entorpecentes envolvendo crianças e adolescentes.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Foto e Fonte: Lílian Derkiê / Assessoria Parlamentar
01/04/2015 às 21h48
Vereadora Marli Ribeiro apresenta projeto de lei de prevenção ás drogas, em Paracatu

A vereadora e missionária Marli Ribeiro fez uso da tribuna nesta segunda-feira (30/03) para apresentar um projeto de lei municipal que dispõe sobre a notificação de ocorrências de uso de bebida alcoólica e/ou entorpecentes por crianças e adolescentes atendidos em hospitais públicos e privados e instituições semelhantes de Paracatu.

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 O foco deste projeto é que todo atendimento feito a uma criança ou um adolescente sob o efeito de álcool ou outra droga seja comunicado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público para que tomem medidas preventivas como visita a família e conversa com os pais. A vereadora lembrou que muitos pais só descobrem que seus filhos já estão nas drogas depois de chegarem ao fundo do poço, as famílias têm dificuldades de descobrir isso no início.  São muitos os casos de coma alcoólico em adolescentes quando acontecem os eventos na cidade e não se sabe se algum trabalho de orientação e feito com este adolescente.

“O que me traz a esta tribuna hoje é uma triste e preocupante realidade do nosso país. Álcool, cigarro e outras drogas estão presentes desde o início da adolescência da metade dos brasileiros. Pior, ainda, é que certamente parte desses jovens conviverá com a dependência do álcool no futuro. Preocupa-me o fato de muitos pais entrarem em pânico ao descobrir que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, mas acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem.  O pior é que o álcool é porta de entrada para todas as outras drogas, alertou a vereadora.”

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 O problema

Um estudo realizado pelo IBGE no ano passado mostrou que mais da metade desses jovens já tomaram ao menos uma dose de bebida alcoólica. A recente Pesquisa Nacional de Saúde Escolar entrevistou 109 mil estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, são adolescentes entre 13 e 15 anos. Os pesquisadores perguntaram apenas aos entrevistados com 15 anos, quando havia sido a primeira experiência com bebida, e 31,7% deles responderam que a primeira dose veio antes dos 13 anos. Concluindo então que; alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos, podendo também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos.A vereadora destacou que é necessário pensar em políticas públicas preventivas.

 “Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais. Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa”, finalizou a vereadora.

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