A Kinross realizou na manhã da última quarta-feira (4), um encontro com a imprensa de Paracatu, para falar sobre as acusações envolvendo o nome da empresa na mídia nacional, e mostrar seus projetos e ações em Paracatu.
Segundo uma matéria publicada nos sites PlanetaOsasco e Pragmastimopolítico, Cientistas, biólogos e ambientalistas denunciam um grave problema de contaminação ambiental e a intoxicação lenta da população. Segundo os sites, a Mineradora estaria contaminando o ar, as águas e a população. “E que o índice de câncer na cidade estaria acima da média.
Segundo cientistas, o que poderia estar causando tantos casos de doenças de câncer na Cidade seria um material conhecido como arsênio, presente na poeira oriunda da mineração de ouro.
Segundo Marcos Moraes, chefe do departamento de meio ambiente da Kinross, o arsênio pode ser encontrado em minerais, no solo e em alimentos, mas em baixas concentrações, o que segundo ele, não causa risco a saúde humana. Um estudo independente coordenado pelo Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), realizado em 2013, encomendado pela prefeitura de Paracatu, apresentou taxas de mortalidade por câncer entre a população de Paracatu, menores, e em alguns casos, as estáticas de Paracatu são menores do que de outras cidades no Brasil, segundo os estudos. Os resultados que foram apresentados ao público em março de 2014, revelava que as concentrações de arsênio na água, para consumo doméstico, seriam baixas e não representavam risco para saúde humana.
O gerente geral da Kinross Gilberto Azevedo, falou da tristeza de ver o nome da empresa ser espalhado em redes sociais e mídias nacionais, de forma irresponsável e sem fundamentos. Segundo ele, a empresa emprega um rigoroso conjunto de práticas e ferramentas de gestão voltadas ao meio ambiente e a saúde humana, tais como avaliações de impactos e planos de controle ambiental, monitoramento periódico, e planos de melhoria. Dados de desempenho ambiental são regularmente apresentados ás agências reguladoras para fins de avaliação e de monitoramento. E que tais acusações não são verdadeiras afirma o presidente.
Gilberto ainda falou da crise hídrica vivida pelo Brasil, e disse que a mineradora faz a captação de água para sua operação na bacia do Ribeirão São Pedro, não interferindo no abastecimento da cidade de Paracatu, cuja captação se localiza no Ribeirão Santa Izabel. Gilberto Destacou, que a empresa já recircula hoje 85% da água que utiliza em suas atividades, reduzindo significativamente, com isso, a utilização de água captada em curso d’água. A outorga de captação no Ribeirão São Pedro é feita para atender a parte do volume remanescente necessário, respeitando o volume mínimo de vazão a ser mantido no ribeirão, conforme atestam os monitoramentos periódicos enviados ao órgão ambiental, explicou o gerente geral. a Kinross apoia projetos para a preservação de 30 nascentes na região de Paracatu, além de ter investido na criação do Parque Estadual de Paracatu, área de fundamental importância para a recarga de água na bacia do Santa Izabel, informou Gilberto Azevedo. Ele disse também que a Kinross tem desenvolvido alternativas para maior eficiência energética, além de produzir hoje cerca de 30% da energia que consome, por meio de auto-produção em usina a gás natural. “Continuaremos a buscar novas soluções, especialmente com fontes de energia renovável”, disse.
O Radialista Ed Guimarães, que há quase um ano, descobriu um câncer no intestino, e hoje faz tratamentos de quimioterapia, no hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, disse não acreditar que os números de casos de câncer na cidade, sejam menores e nem maiores, mas que está na media nacional.
Segundo Ed Guimarães, os levantamentos feitos pela secretária de saúde, sobre os casos de câncer em Paracatu, não são precisos, e que ele não concorda que os casos de câncer na Cidade, sejam menores do que em outras cidades do Brasil. Segundo Ed Guimarães, quando descobriu sua doença em maio de 2014, logo embarcou para São Paulo, não chegando registrar a doença aqui em Paracatu. Segundo Ed Guimarães, vários casos de câncer na cidade, não é relatado á secretária de saúde, e acabam não entrando nas estáticas da Cidade. Ed Guimarães cobra das autoridades, um balanço da incidência real, da doença no município, e não só os casos de mortalidades pela doença na cidade. “Com base nessas informações, é possível se fazer um trabalho até mesmo educativo e preventivo maior, para que a própria sociedade seja favorecida com isso” - Finalizou.
Paulo Sérgio