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Programa CQC grava quadro "Proteste Já" em Paracatu contra mineradora

Gravação do programa em Paracatu, foi devido denúncias de uma suposta contaminação da população paracatuense por arsênio.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Fotos: Reprodução/ Programa CQC
10/03/2015 às 15h54
Programa CQC grava quadro

Programa CQC custe o que custar, levou ao ar na noite de ontem em rede nacional, no quadro “Proteste Já”, uma assustadora matéria, falando a respeito de uma possível contaminação da população, do ar, e das águas de Paracatu.

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Os reporteres do programa CQC da Band, estiveram na última semana em Paracatu, onde visitaram moradores, que relataram ao programa, possíveis doenças causadas e adquiridas pela extração do ouro na cidade. Os repórteres até tentaram entrar na mineradora, mas foram barrados pelos seguranças. Por dia, são detonados 180 buracos para a extração do ouro, resultando por ano, 60 milhões de toneladas de rochas trituradas pela empresa canadense, segundo a reportagem.

 De posse de um balão, a equipe sobrevoou a área da kinross, onde visualizaram as lagoas artificias, criadas pela mineradora para descarte dos rejeitos, represas estas, totalmente contaminadas. De acordo com reportagem, para cada 1g de ouro extraído, e necessário explodir 2 toneladas de rochas.

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Em entrevista,  Evane Lopes, representante da Onu e defensoria  dos direitos quilombolas, disse que infelizmente teve que ser retirada da comunidade, devido sua luta para fazer que a comunidade permanecesse no local. quando passou a sofrer ameaças de morte, segundo ela. ”Umas das nossas maiores inimigas aqui, é a Kinross”- Disse Ervane .

 Segundo um ex-funcionário da mineradora, ele relatou ao CQC, que trabalhava no descarte de produtos químicos em áreas contaminadas, e que os lixos tóxicos, eram jogados em áreas vizinhas, áreas verdes.

Em outra entrevista, Rafaela Xavier,  relatou que fazia triagem de pacientes com câncer na Cidade, para leva-los para o hospital do câncer de Barretos, e  segundo ela, devido ter sofrido ameaças de morte, teve que ir embora da cidade, onde hoje vive escondida  e com proteção policial. Segundo Rafaela, já registrou de 2 a 12 casos de câncer por dia em Paracatu.

O caso mais assustador foi à entrevista do diretor do hospital de câncer de Barretos, Boian Pretov, que confirmou que só em 2014, foram realizados 1.153 atendimentos de pacientes, vindos de Paracatu. A equipe do CQC esteve na prefeitura de Paracatu, onde cobrou do prefeito Olavo conde, uma resposta sobre a possível poluição causada pela mineradora na cidade.

Leia mais:Gerente geral da Kinross Gilberto Azevedo diz que mineradora não contamina Paracatu 

Durante as gravações do programa CQC, o prefeito Olavo Conde se mostrou calmo, mas parecia não ter conhecimento da possível gravidade apresentada pelo programa CQC. Nas redes sociais, a população demonstrou o descontentamento da operação da mineradora na cidade, e a preocupação de uma possível contaminação em massa de toda população.

Olavo conde, chegou mostrar um estudo independente coordenado pelo Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), realizado em 2013, encomendado pela prefeitura de Paracatu, onde apresentava taxas de mortalidade por câncer entre a população de Paracatu, menores, e em alguns casos, as estáticas de Paracatu seriam bem menores do que de outras cidades no Brasil, segundo os estudos. Os resultados teriam sidos apresentados ao público em março de 2014, e revelava que as concentrações de arsênio na água, para consumo doméstico, seriam baixas e não representavam risco para saúde humana.

Segundo a reportagem do programa CQC, em setembro de  2014, o CETEM, havia apresentado estudos com  os resultados negativos da pesquisa, que ficaram de fora da audiência publica, realizada na câmara municipal de Paracatu.

Segundo o programa, os estudos mostrava que os moradores da cidade, estariam expostos através do ar e da água em quantidade absurda de arsênio, e que os moradores e trabalhadores da mina, apresentava teor de 5 a 10 vezes maiores de quantidade de arsênio, do que deveria. Sendo que os mineradores, teriam concentração de arsênio no corpo é de 25 vezes maior do que o normal. De acordo com o CQC, O cetem afirmava que, tanto o solo, quanto as águas do córrego do Ribeirão no induto da cidade, se encontrava em não conformidade com a resolução do conselho nacional do meio ambiente o (CONAMA).

Leia Mais:Reportagem feita pelo programa CQC

Durante as gravações do programa, ouve um desentendimento entre os reporteres do programa CQC e a assessoria de comunicação do prefeito, onde os ânimos de ambos ficaram exaltados.

A Kinross emitiu nota de repúdio no ultimo dia 05 de marco, após ser citada em sites sobre suposta contaminação em Paracatu. informações podem ser obtidas em http://www.kinross.com.br/index.php/arsenio/

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