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Arquimedes Borges se defende da acusação de ser mandante da morte de Eustáquio Porto Botelho

O ex-prefeito de Paracatu juntamente com advogados, realizou uma coletiva de imprensa, para falar sobre o caso.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Paulo Sérgio/ParacatuNews
14/01/2015 às 16h14
Arquimedes Borges se defende da acusação de ser mandante da morte de Eustáquio Porto Botelho

Antonio Arquimedes Borges de Oliveira, ex-Prefeito de Paracatu, após ser acusado  de  ser o mandante do assassinato do trabalhador Eustáquio Porto Botelho, que foi  morto após ter denunciado um esquema de desvio na Cooperativa de Paracatu – Coopervap, realizou uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (08),onde esclareceu todas as dúvidas da imprensa e se defendeu das acusações.

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O ex-prefeito de Paracatu Arquimedes borges,  acusou a Polícia Civil  de estar o perseguindo, e de estarem conspirando contra ele. Arquimedes Borges disse também a imprensa, que Faltou interesse da Polícia civil de encontrar os verdadeiros culpados do crime de Eustáquio.

Arquimedes disse também, que irá apresentar denúncias contra o delegado para a corregedoria, segundo arquimedes, o delelegado o acusou de forma irresponsável e maldosa, e que o estado também será processado.

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O Advogado criminalista Dr. César Bittencourt, disse que as investigações e o inquérito, estão de forma confusa e contraditórias. O delegado leu uma carta, que consta nos autos do processo em que, a vítima Eustáquio Porto Botelho, três anos antes da sua morte, registrou em cartório acusações contra três ex-diretores da Cooperativa, entre eles o atual presidente da Campo, Emiliano Pereira Botelho.

-“Durante o meu trabalho na Coopervap, constatei irregularidades cometidas pelo diretor José Carlos Quirino da Costa, levando o fato ao conhecimento do Sr Emiliano Pereira Botelho e Francisco de Assis Pereira. Esse fato causou minha demissão tempos depois e devido à ameaças feitas pelo diretor registrei esta carta. Caso algum acidente ou mesmo minha morte aconteça, torne esta carta pública a todos os meios de comunicação e exija esclarecimentos aos srs Emiliano Pereira Botelho, Francisco de Assis Pereira e José Carlos Quirino da Costa.”  

A carta foi registrada em cartório no dia 17 de julho de 1992, três anos antes do assassinato de Eustáquio, segundo  Dr. César Bittencout.

Arquimedes afirmou para  imprensa  que, as acusações são maldosas é de cunho político, e que seria um “conspiração” contra a sua permanecia  na política. “-Eu não sei por que tanta inverdade, tanta conspiração e injustiça contra mim. Eu acredito que seja uma perseguição porque 42 mil votos, mexem com muita gente e fico indignado quando acontece isso na política porque eu sabia que tinha adversários, mas não inimigos deste nível. Desabafou
 

De acordo com o segundo advogado do caso de Arquimedes Borges,  a polícia não atuou corretamente no inquérito e também reforçou a suspeita sobre outros nomes.

-"Só vejo mentira, Mentira, A postura do Delegado não foi correta, sempre agredindo e tentando intimidar as pessoas próximas de Arquimedes que foram ouvidas. O delegado que apresentou a denúncia divulgou informações mentirosas e dados para repórteres que não conhecem a situação política de Paracatu. Os principais suspeitos, Emiliano Botelho, Francisco de Assis e José Carlos Quirino, só foram ouvidos 16 anos depois do crime. É inadmissível que um inquérito tenha uma situação dessas. Eu desafio o delegado a responder algumas perguntas aqui ou em qualquer lugar.” Disse o Advogado.

Arquimedes contou sua história à frente da Coopervap,  e disse do bom trabalho desenvolvido na cooperativa, do tamanho que a empresa era, e o tamanho que hoje ela está. O ex-prefeito de Paracatu, também relatou da injustiça que esta sendo feita contra ele, uma pessoa publica e idônea, que já mais imaginou, estar passando por isso hoje. E que espera que os culpados pelo crime, realmente sejam descobertos e paguem pelo crime.

Entenda o caso publicado pelo jornal Estado Minas, no dia 15 de Dezembro  de 2014.

O ex-prefeito de Paracatu, na Região Noroeste de Minas, e candidato a deputado federal em 2014 Antônio Arquimedes Borges de Oliveira é acusado pela Polícia Civil de envolvimento na morte de um funcionário da Coopervap (Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda). O crime ocorreu em 1995 e seria uma queima de arquivo, segundo as investigações.

A vítima, Eustáquio Porto Botelho, denunciou na um esquema de fraude milionária de adulteração do leite e de fiscalização do produto. De acordo ainda com a polícia, uma empresa de nome Sonata foi criada em Brasília e tinha como sócio fictício Antônio Arquimedes de Oliveira. 

A firma recebia a produção de leite da Coopervap, sendo que o lucro era aplicado em investimentos financeiros e, depois de 15 dias, o dinheiro era devolvido ao caixa da cooperativa sem a capitalização dos juros. Atualmente, pelos cálculos da polícia, a cooperativa movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano.

A trama criminosa envolveu políticos. Apontado com agiota, Eustáquio Porto Botelho chegou a denunciar o crime e acabou sendo demitido da Coopervap. Entretanto, a vítima acionou a Justiça para retornar ao trabalho e consegui estabilidade no emprego.

As investigações se prolongaram por 19 anos e a polícia descobriu que, além Antônio Arquimedes e Oliveira, outras duas pessoas estavam ligadas à queima de arquivo.

O político é o mandante do crime o contratou "Moises do São Domingos" ou "Jagunço", João Luiz Santana Simão e Eurípedes Gomes dos Santos para matar o homem. A vítima foi morta em uma região próxima de Paracatu e teve o corpo ocultado. 

Na época do homicídio, Moises era assaltante de banco em São Paulo e fugiu para Paracatu, onde conheceu Oliveira e virou cabo eleitoral do ex-prefeito do município. Somente Eurípedes ainda está vivo, de acordo com a Polícia Civil. O crime foi denunciado pelo Ministério Público em 22 de outubro deste ano e Antônio Arquimedes ainda é acusado de ameaçar de morte uma delegada do Ministério do Trabalho.

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