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Ataques: Novo tiroteio em Paris aumenta tensão na França

Uma policial morreu após um novo tiroteio em Paris nesta quinta-feira, elevando ainda mais as tensões na França, um dia após suspeitos islâmicos terem matado 12 pessoas na redação de uma revista satírica.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: BBC BRASIL
08/01/2015 às 11h13
Ataques: Novo tiroteio em Paris aumenta tensão na França

Ataques a prédios religiosos muçulmanos foram registrados durante a madrugada, sem deixar feridos, disseram autoridades francesas citadas pela agência de notícias AFP.

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No tiroteio desta manhã, no subúrbio de Montrouge, ao sul de Paris, uma segunda pessoa ficou gravemente ferida. O atirador fugiu. Não está claro se o incidente tem relação ao ataque à Charlie Hebdo.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, alertou contra conclusões precipitadas após o incidente. O homem estava armado com uma metralhadora e uma pistola e vestia um colete à prova de balas, disseram fontes da polícia à AFP.

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Um morador, Ahmed Sassi, descreveu uma "cena de pânico". Ele disse que um homem vestido em cores escuras correu e atirou contra o policial "à queima roupa".

Prédios muçulmanos foram atacados na cidade de Le Mans, no oeste de Paris, e no distrito de Port-la-Nouvelle, perto de Narbonne, no sul da França.

Em Villefranche-sur-Saone, perto Lyon, o vice-prefeito da cidade disse que o ataque a um restaurante árabe perto de uma mesquita "aparentemente está ligado à situação dramática [em Paris]".

Estes novos incidentes - que, inicialmente, não teriam ligação entre si - aumentaram as tensões na França, traumatizada pelo ataque de quarta-feira. O país declarou luto oficial em homenagem às vítimas.

A polícia fez sete prisões durante a madrugada em uma megaoperação de busca aos dois suspeitos do ataque - os irmãos Cherif e Said Kouachi, que estariam "armados e perigosos". Um terceiro suspeito se entregou.

Fontes próximas à investigação disseram à AFP que os dois foram localizados nesta quinta-feira em um carro numa estrada na região de Aisne, no norte da França.

Eles teriam sido reconhecidos pelo gerente de um posto de serviços perto da cidade de Villers-Cotteret, e estariam armados.

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