A Polícia Civil começou nesta quarta-feira (26) a perícia nas peças de carros que foram roubados no Distrito Federal para serem levados a um desmanche em Paracatu, em Minas Gerais. As partes dos automóveis, que eram vendidas separadamente pelos suspeitos, encheram dois caminhões.
O grupo criminoso era investigado há oito meses. Durante o período, 40 crimes do tipo foram identificados, segundo a polícia. Segundo o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Marco Aurélio de Souza, o suspeito de chefiar o bando e ser o receptador dos veículos roubados é um ex-policial militar e dono de uma loja de auto peças em Paracatu.
Na manhã desta terça-feira (25) a Polícia Civil prendeu dez pessoas por envolvimento com o crime. Ao todo foram presas 10 pessoas, sete delas em Brasília, duas em Paracatu e um em Cristalina, em Goiás.
Outros dois estão foragidos. três adolescentes, entre 15 e 17 anos, foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) por participarem dos roubos e desmanches.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo costumava pegar as chaves dos veículos em momentos de distração, como quando as vítimas as deixavam em cima de mesas de restaurantes e lanchonetes ou penduradas em bolsas e calças. A operação foi batizada de 020 porque em uma das ocorrências um dos homens teria sequestrado duas vítimas e seguido rumo à BR.
A polícia informou que os suspeitos vão responder por roubo circunstanciado, furto qualificado, receptação, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e de uso permitido, corrupção de menores, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e organização criminosa.