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PC desarticula quadrilha especializada em roubos de veículos para desmanches em Paracatu

Grupo criminoso atuava em cidades do Entorno do Distrito Federal, como Valparaíso, Luziânia e Novo Gama, além de Paracatu, em Minas Gerais

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Foto: Gustavo Moreno/CB/ DA PRESS
25/11/2014 às 15h09
PC desarticula quadrilha especializada em roubos de veículos para desmanches em Paracatu

Uma operação da Polícia Civil, intitulada 020, cumpre 12 mandados de prisão preventiva, no Entorno do Distrito Federal e em Minas Gerais, para desarticular uma quadrilha especializada em roubos e furtos de veículos. Até por volta das 7h15 desta terça-feira (25/11), pelo menos oito pessoas já haviam sido presas. Outros 20 mandados de busca e apreensão também serão executados. O grupo criminoso atuava em cidades goianas, como Valparaíso, Luziânia e Novo Gama, além de Paracatu (MG).

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Segundo a Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), os bandidos atuavam em pontos estratégicos do DF, como no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no estacionamento do Hospital de Base (HBDF), em Taguatinga - na Feira dos Goianos e na Praça do DI – em Ceilândia, no Gama, em Planaltina e em regiões do Entorno. A investigação, que durou oito meses, apurou que os carros receptados eram destinados ao desmanche, que ocorria na cidade de Paracatu. Lá, as peças e os acessórios eram distribuídos em lojas de peças automotivas e ferros-velhos. 

A Polícia Civil destacou a ousadia dos suspeitos. Eles se especializavam em furtar as chaves dos donos dos veículos, aproveitando o descuido deles, quando deixavam os objetos nos bolsos das calças ou em mesas de bares e restaurantes, por exemplo. Em seguida, um comparsa ficava responsável por vigiar a vítima, enquanto o outro procurava o carro e saia sem levantar suspeitas. Quando o golpe não funcionava, o grupo cometia sequestros relâmpagos para levar os veículos. A investigação também apontou o recrutamento de adolescentes nos crimes.

Recorrente

No começo do mês, a polícia havia desarticulado as quatro maiores quadrilhas especializadas neste tipo de crime, na Operação Kraken. Os 22 bandidos alvos roubavam os veículos em Brasília e levavam para adulteração nos municípios goianos vizinhos à capital do país. Eles são suspeitos de praticar grande parte dos 4.152 roubos e furtos de automóveis registrados na capital federal no primeiro semestre do ano. Ousados, os bandidos contavam com uma estrutura empresarial para gerir o negócio fraudulento, que incluía adulteração dos sinais identificadores e recrutamento de receptadores.

Os bandos atuavam diariamente na Asa Sul, em Taguatinga, em Samambaia, em Santa Maria, no Recanto das Emas e em vários municípios do Entorno. Optavam por furtos, mas, em muitas ocasiões, usavam da violência para tomar os veículos das vítimas. Para ganhar tempo e evitar ser alcançados pela polícia, eles também costumavam sequestrar os donos e abandoná-los em algum local ermo. 

O titular da Delegacia de Roubo e Furto de Veículos (DRFV), Marco Aurélio de Souza, responsável pela Operação Kraken, explicou que as quadrilhas se desfaziam dos bens rapidamente. Carros populares adulterados eram vendidos entre R$ 700 e R$ 1 mil. Os clonados custavam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Caminhonetes eram ainda mais caras e chegavam a ser vendidas por R$ 12 mil.

 

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Correio Braziliense

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