Influenciados pela indefinição sobre as condições climáticas no Brasil e nos Estados Unidos, os preços da soja e do milho tiveram variação positiva em outubro, quando comparados a setembro. No caso da soja, no entanto, os preços do mês passado são inferiores aos registrados em igual período de 2013, o que também aconteceu com a cotação do milho em Unaí (MG). As informações estão no boletim “Custos e Preços”, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em outubro, a saca de soja foi comercializada, em média, a R$ 59,32 em Londrina (PR), uma alta de 2,2% no mês. A variação foi maior em Rio Verde (GO), onde a saca foi vendida, em média, a R$ 57,32, elevação de 2,7% em relação ao valor praticado no mês anterior. A situação climática no Brasil, onde o atraso das chuvas dificulta o plantio nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e nos Estados Unidos – país em que a colheita está atrasada por causa do excesso de chuvas – influencia o ritmo dos preços, tanto aqui como no mercado externo.
No caso do milho, os preços reverteram a queda recente e subiram em outubro, também influenciados, em parte, pelo clima seco nas regiões produtoras do Brasil. A desvalorização do câmbio também contribuiu para este cenário. À espera de preços mais altos, os produtores reduziram as vendas dos grãos da safra passada. Em Unaí (MG), o preço do grão aumentou 4% em outubro em relação ao mês anterior, mas caiu 12% quando comparado com o mesmo período de 2013.
Além da soja e do milho, a CNA avalia, no boletim, a situação dos mercados de feijão, cacau, café, algodão, boi, leite e arroz. No caso deste último produto, o excesso de umidade em algumas regiões do Rio Grande do Sul tem atrasado o plantio das lavouras. De com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (EMATER-RS), 20% da área estimada já foi semeada, porcentual abaixo do registrado nos últimos anos.
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