Um dos homens foi detido no bairro Tupi, na região Norte da capital, onde funcionava a base de trabalho da quadrilha. Os outros dois detidos, um homem e uma mulher, foram presos em suas residências, nos bairros Maria Gertrudes, região Oeste, e Jardim Paquetá, na Pampulha. Os dois eram responsáveis pela captação de clientes, que chegavam a pagar até R$ 12 mil pelo serviço de facilitação de obtenção do visto.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Roger Lima de Moura, eram beneficiadas pessoas de todo o país e de várias idades, em sua maioria cidadãos que não tinham como comprovar renda no Brasil e conseguiam, por meio do serviço da quadrilha, “maquiar” os seus dados. A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos.
Segundo a PF, há indícios de que a quadrilha atuava há mais de uma década, falsificando documentações comprobatórias de grau de escolaridade, vínculos empregatícios particulares e públicos e declarações de imposto de renda, a fim de demonstrar credibilidade do candidato à obtenção do visto de turista. Com base em Belo Horizonte, o grupo atuava também em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
Durante as investigações, que duraram 45 dias, foram feitas duas prisões em flagrante de três clientes da quadrilha, que tentavam obter vistos de entrada nos EUA com documentos falsos. Um casal da região metropolitana de Belo Horizonte foi preso no Rio de Janeiro e um homem natural de Rondônia foi detido em São Paulo. A Operação Vidimus contou com a cooperação do Consulado dos Estados Unidos no Brasil.
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