“Quando o preço abaixa, a venda do produto aumenta 30% ou 40%”, diz o gerente, Josemar Soares. Ele cita ainda batata, abobrinha, limão, moranga e berinjela como produtos que estão com preço menor agora do que no início do mês ou fim de novembro.
No sacolão Real, região Central da cidade, o tomate também é a maior estrela da redução de preços. O quilo, que custava R$ 5,99 há uma semana, ontem era vendido por R$ 2,99. O resultado é que o consumo semanal, que era de cerca de 150 caixas de 20 kg cada (3.000 kg), deve chegar a 200 caixas, ou quatro toneladas, nesta semana. “Quem comprava meio quilo, agora, leva um quilo”, diz o gerente Marcelo Lúcio Oliveira. Frutas como manga e banana também estão com preços reduzidos e procura em alta, de acordo com ele.
Nos supermercados, a queda de preços também resultou em mais demanda. Em nota, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) informou que “o setor de hortigranjeiros se caracteriza por frequente volatilidade de cotações” e afirmou que repassa essa variação ao consumidor. A entidade disse ainda que a redução de preços e as promoções são diferencial no mercado competitivo.
Efeito contrário. Se a chuva está ajudando a reduzir o preço de diversos produtos de sacolão, o excesso de águas pode ter efeito contrário. “A chuva já está complicando a oferta de alguns produtos”, diz o coordenador do setor de informações de mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins. Ele cita como exemplo o alface. Em novembro, a dúzia era comercializada por R$ 6. Nesta semana, o preço já subiu para R$ 7, alta de 17%.
IPCA
Alívio. A queda de preços dos hortifrúti deve aparecer na medição da inflação de dezembro e ajudar a aliviar o índice oficial. Já se as chuvas persistirem, o efeito pode ser contrário.