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Médicos decretam estado de greve e vão parar por três dias

Durante assembleia, ficou decidido suspender as atividades no SUS e na rede particular no país

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Foto: Mariela Guimaraes/Otempo
12/07/2013 às 08h42
Médicos decretam estado de greve e vão parar por três dias
Médicos de todo o país vão paralisar as atividades nos dias 23, 30 e 31 deste mês suspendendo os atendimentos nas redes pública e privada de saúde, incluindo as consultas. A decisão foi tomada, nesta quinta-feira (11) pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entidade que representa os sindicatos estaduais da categoria, em resposta às medidas anunciadas nesta semana pelo governo federal para a área da saúde.

Segundo o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira Filho, os médicos entraram em estado de greve, e uma série de protestos estão planejados. Eles questionam decisões tomadas pela União, como a criação do programa Mais Médicos para o Brasil, que permite a vinda de profissionais estrangeiros para o país sem a revalidação do diploma e obriga estudantes a atuarem por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), além dos vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei do Ato Médico.

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“Do dia 15 de julho ao dia 10 de agosto, teremos uma série de ações em todos os Estados. Serão mantidos apenas os atendimentos de casos de urgência e emergência”, afirmou Ferreira. “Estávamos negociando com o governo. Imaginávamos que o bom senso iria prevalecer. Mas o governo anunciou uma série de medidas cada uma pior que a outra”, criticou. Uma ação judicial contra as decisões da União também será protocolada.

Para o integrante do Conselho Federal de Medicina Hermann von Tiesenhausen, a intenção inicial não era que houvesse um embate entre governo e médicos. “Mas as medidas anunciadas despertaram a ira unânime da categoria médica. A greve é parte desse confronto”.

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Minas. Na próxima segunda-feira, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais vai se reunir para definir a participação do Estado no movimento nacional. Nesta quinta-feira (11), a entidade esteve em Brasília e declarou apoio ao estado de greve. “Estamos convocando os médicos mineiros para decidir juntos o que será feito. Nossa paralisação pode ser ainda maior”, disse o secretário geral do sindicato, Fernando Mendonça.

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