Sexta, 04 de Julho de 2025
13°C 27°C
Paracatu, MG
Publicidade

BH contabiliza prejuízos após noite de manifestação e depredação

Agências bancárias, concessionárias e até um prédio residencial tiveram os vidros quebrados; segundo a PM.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Foto: Uarlen Valerio/Otempo
23/06/2013 às 21h01
BH contabiliza prejuízos após noite de manifestação e depredação
A ação de um grupo de vândalos durante a manifestação desse sábado (22) deixou rastros de destruição pelas ruas de Belo Horizonte. Na praça Sete, onde os manifestantes se concentraram antes de partir para a região da Pampulha, agências bancárias foram depredadas e um prédio residencial teve uma janela quebrada. No cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua dos Tupinambás, foram derrubados três radares da BHTrans e no trajeto do centro até a avenida Antônio Carlos, todos os aparelhos estão quebrados.

O cenário de destruição é ainda maior na avenida Antônio Carlos, próximo a Universidade Federal de Minas Gerais. Várias concessionárias sofreram depredação e amanheceram com os vidros estilhaçados, móveis quebrados e carros danificados. Um caixa eletrônico de uma agência do banco Mercantil do Brasil, que fica na avenida Antônio Carlos, foi quebrado e uma empilhadeira usada em obras da prefeitura foi incendiada, em frente ao conjunto IAPI.

Na manhã deste domingo, funcionários da prefeitura e dos prédios destruídos trabalham para recolheram pedaços de madeira, estilhaços de vidro, pedras e faixas deixadas pela pista e nas calçadas.

Segundo balanço oficial divulgado neste domingo pela Polícia Militar, 32 pessoas foram detidas entre as 15h de sábado e as 5h deste domingo. A maioria das prisões aconteceu na região central da cidade, por atos de vandalismo, lesão corporal e crimes contra o patrimônio. Dentre os feridos, 8 eram civis e 10 policias, sendo um da Força Nacional.

DE FORA De acordo com o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Cylton Brandão, imagens dos policiais e da internet, além do trabalho em conjunto com a Polícia Militar, ajudaram a polícia a identificar 30 pessoas de grupos criminosos, vindos do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo ele, os homens estão quebrando cada vez uma capital.

“Foi São Paulo, Rio e agora Belo Horizonte. No grupo, tem gente daqui também. No grupo podem haver presos, mas não há confirmação”, disse. Outras 20 pessoas – totalizando 50 – estão sendo investigadas. De acordo com Cylton, a organização dos grupos radicais é feita via internet, podendo haver, inclusive, skinheads.

MAIS CONFRONTO Nova manifestação está marcada para a próxima quarta-feira. Cylton afirma que haverá mais confronto, mas que a polícia está preparada. Segundo ele, o armamento será o mesmo e o perímetro não será reduzido. Não está descartado o reforço do Exército e de policiais do interior. A Polícia Militar agirá com 3.500 homens.

Esta também é a opinião do comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Sant’Ana. “A PM não vai permitir quebradeira e, por isso, iremos revidar os ataques. Ontem foi guerra, como nunca tínhamos visto”, afirma. De acordo com Sant’Ana, o confronto deste sábado foi grande porque pequenos grupos de policiais ficaram sitiados ou encurralados por vândalos e, por isso, precisaram revidar.

Sobre a reação dos militares neste sábado, Sant’Ana declarou que a PM “está cumprindo seu dever de assegurar a preservação da ordem pública e a proteção das pessoas e do patrimônio público e privado, além de garantir o direito de manifestação dos cidadãos”. O coronel afirmou, ainda, que a polícia continuará a agir com a firmeza e a serenidade que o momento exige, contando com o apoio e a responsabilidade dos cidadãos.
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.