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Em BH O 5º dia de manifestações reuniu mais de 20 mil pessoas

Protesto de quinta-feira 20, reuniu grupos em vários cantos da cidade de Belo Horizonte

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio Fonte: Foto: João Godinho/Otempo
21/06/2013 às 08h17
Em BH O 5º dia de manifestações reuniu mais de 20 mil pessoas
O quinto dia de manifestação em Belo Horizonte começou no fim da tarde desta quinta-feira (20), na praça Sete. Aproximadamente 20 mil pessoas, sendo a maioria jovem, se concentraram e, depois, se espalharam, seguindo para diferentes pontos da cidade.

Por volta das 20h, a passeata seguiu rumo a Câmara Municipal de Belo Horizonte, na avenida dos Andradas, para protestar contra os salários dos vereadores. Durante a passagem pela avenida Brasil, área que concentra vários hospitais, os participantes ficaram em silêncio. No entanto, um grupo isolado chegou a danificar a fachada de uma agência bancária da região. De acordo com a Polícia Militar (PM), ninguém foi preso pela depredação.

Às 22h, a maioria dos manifestantes retornou à praça Sete onde, segundo estimativas da PM, cerca de 2.000 ainda permaneciam reunidos em torno do obelisco no fim da noite. Dos prédios no entorno, pessoas balançaram panos nas janelas e piscaram as luzes em apoio ao manifesto. Um homem foi detido por soltar um foguete no meio da multidão e uma mulher foi presa por vender drogas no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro. Até às 0h, o trânsito seguia interditado no local, conforme a BHTrans.

Os manifestantes chegaram por volta das 15h no hipercentro, com cartazes e cantando o hino nacional, e interditaram totalmente o trânsito, entre a rua Tamoios e a praça Rio Branco (praça da Rodoviária). No começo, eles protestaram contra o anúncio do prefeito Marcio Lacerda de reduzir a passagem de R$ 2,80 para R$ 2,75, apenas R$ 0,05.

No evento criado no Facebook, mais de 43 mil pessoas confirmaram presença na manifestação desta quinta. A Polícia Militar acompanhou toda a ação e, ao contrários de outros dias, até o fim da noite não havia registro de ocorrências graves.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Trabalhadores Desempregados também estiveram nas ruas da capital nesta quinta. Por meio de nota, esses grupos informaram que os protestos representam "um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade".

Esses quatro movimentos informaram também que vão às ruas principalmente para reivindicar pela redução imediata das tarifas do transporte público, já que consideram que a redução anunciada pelo prefeito está aquém do necessário; redução das tarifas de energia em Minas Gerais; e para que o Estado destine que 10% do PIB do país para a educação.

Metrô
Populares que tentaram fugir do congestionamento provocado pelo protesto e optaram pelo metrô, encontraram dificuldades para embarcar. De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o transporte está funcionando normalmente e, por causa da manifestação, o intervalo entre as viagens foi reduzido e o número de trens aumentado para atender os passageiros. Durante esta semana, o número de usuários aumentou devidos aos protestos e aos eventos realizados no praça da Estação durante a Copa das Confederações.  

Protesto no próximo sábado
A manifestação que ganhou o nome de “O Gigante Acordou” já conta com a confirmação de mais de 109 mil pessoas. O ato acontece neste sábado (22), às 14, na praça Sete. Nesta sexta está prevista uma manifestação no Barreiro.
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