Cidade Paracatu Condenado
Autor de massacre em igreja evangélica de Paracatu, é condenado a 54 anos de prisão
O julgamento de Rudson aconteceu no Forum Lafayette em belo Horizonte-BH, após três anos do massacre.
05/09/2022 09h35 Atualizada há 3 anos
Por: Paulo Sérgio
Da Internet

Rudson Aragão Guimarães é condenado a 54 anos e 8 meses de prisão, nesta segunda-feira (05), em julgamento em BH.

Autor do massacre na igreja Batista Shalom, no dia 21 de Maio de 2019, na igreja Batista Shalom no bairro Bela Vista, Foi considerado culpado do feminicídio da ex-namorada e da morte de outras três pessoas dentro da igreja evangélica.

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O julgamento aconteceu no Forum Lafayette em belo Horizonte-BH, após três anos do massacre. 

O crime:

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O aterrorizante momento vivido por um grupo de fiéis que estavam reunidos orando na igreja, quando chegou o atirador Rudson Aragão Guimarães, na época com 39 anos, atirando contra todos.

A tragédia gerou repercussão internacional e hoje passando três anos anos do crime, ainda é difícil esquecer e entender o que realmente levou Rudson a matar a ex-namorada e mais três pessoas dentro da igreja naquela noite. Rudson foi julgado hoje pelo crime, que destruiu famílias e traumatizou às comunidades evangélicas em Paracatu. 

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A delegada responsável pelas investigações da época, Thays Regina Silva, deu detalhes sobre a conclusão do inquérito e explicou o que teria motivado Rudson  a matar a ex-namorada Heloisa Vieira Andrade, de 59 anos e mais três fiéis da igreja.

De acordo com as investigações, Rudson havia sido afastado da liderança da célula de oração da igreja e excluído de um grupo de Whatsapp da igreja, devido mal comportamento. Isso teria despertado a ira dele. Heloisa também teria sido afastada da liderança da célula, devido à situação do relacionamento dos dois, mas ela participava das intercessões da igreja. Contudo, Rudson não quis mais participar dos trabalhos da igreja, após ter sido afastado da direção da célula e ter sido excluído do grupo do Whatsapp.

A motivação do crime estaria ligado ao afastamento de Rudson da liderança de célula  e do grupo de whatsapp da  igreja, o que teria alimentado nele uma vontade de vingança contra a Ex-namorada e o pastor da igreja.Continua depois da publicidade

Segundo Thays, Rudson teria premeditado o crime, uma vez que chegou a distribuir bens particulares para alguns familiares, dizendo que iria embora, chegando demostrar um comportamento estranho.  Rudson ao saber que a ex-namorada estava na casa de sua irmã, pegou um canivete e se deslocou  até a casa da irmã. Ao chegar na residência, Rudson não cumprimentou a Ex, e disse que a mataria, desferindo um golpe no pescoço de Heloísa, que chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo.

Após esfaquear a ex-namorada, Rudson tentou fugir no carro da irmã, que sempre ficava com a chave na ignição, mas naquele dia, a chave não estava no veículo e Rudson questionou a irmã sobre a chave do veículo. Transtornado, Rudson deslocou até sua casa, pegou a arma de fogo e seguiu para a igreja Batista Shalom, onde arrancou a grande de proteção e invadiu a igreja em busca de matar o pastor Evandro.

De acordo com Thays, Rudson invadiu o templo procurando matar o pastor Evandro, porém o pastor havia conseguindo sair da igreja a tempo. Rudson muito irado, atirou no pai do pastor, Antônio Rama e em mais duas fiéis, Rosangela Albernaz e Marilene Martins de Melo Neves. A terceira vítima, chegou a ser refém de Rudson quando a polícia chegou na igreja e mesmo com o diálogo dos militares, o criminosos se recusou a soltar a vítima, atirando contra a cabeça dela.

As investigações ainda apuraram que Rudson teria  trocado com um vizinho um Arco flecha na garrucha calibre 36, utilizada na chacina. 

Após cometer o crime, Rudson tentou ainda contra a própria vida dentro do hospital municipal de Paracatu. Rudson, não ficou preso no presidio de Paracatu, pelo risco de ser morto por outros presos e ficou rodando de presídios em presídios, sendo transferido na época para penitenciaria do complexo Penitenciário em Carmo do Paranaíba, no Alto Paranaíba e depois para a Penitenciária de Patrocínio, no dia 19 de Julho de 2019.