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Dilma promete mais infraestrutura para elevar competitividade e renda.

O Brasil deve criar 15 mil quilômetros de linhas férreas nos próximos anos, sendo 10 mil deles por meio de concessões, disse a presidente.

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio
12/12/2012 às 19h03
Dilma promete mais infraestrutura para elevar competitividade e renda.

 

DA BBC Brasil

A presidente Dilma Rousseff declarou nesta quarta-feira que o Brasil precisa elevar sua competitividade e ampliar investimentos em infraestrutura e tecnologia para propiciar a retomada do crescimento econômico e melhorar a renda per capita do brasileiro.

"A indústria e os investimentos em infraestrutura são os elementos estratégicos para que o Brasil mude seu patamar e se torne uma economia que possa, de fato, dobrar sua renda per capita em um horizonte de até 20 anos", disse a presidente, em um evento para empresários em Paris.

 

Segundo Dilma, o governo tem um programa de aeroportos regionais "muito forte", que prevê a construção de 800 "ou mais" aeroportos regionais no Brasil.

"Queremos que em cidades com 100 mil habitantes exista um aeroporto a 50 ou 50 quilômetros de distância", disse Dilma.

O setor ferroviário é outro que deverá receber investimentos. "Somos um país continental e precisamos de ferrovias."

O Brasil deve criar 15 mil quilômetros de linhas férreas nos próximos anos, sendo 10 mil deles por meio de concessões, disse a presidente.

Na quinta-feira, o governo vai lançar a licitação para o trem de alta velocidade que vai ligar São Paulo, Campinas e o Rio de Janeiro.

Gargalos

No segundo dia de sua visita de Estado à França, Dilma fez um discurso de cerca de 45 minutos a empresários de grandes grupos franceses na sede do Medef, sindicato patronal, equivalente à Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Brasil.

"Estamos com políticas de estímulos fiscais, de competitividade e de investimentos em infraestrutura para retomar e acelerar nossa atividade econômica", afirmou a presidente.

A presidente também ressaltou no evento que o governo brasileiro está "preocupado" em reduzir os custos de produção e "empenhado" em resolver os gargalos históricos da infraestrutura no Brasil.

Segundo Dilma, esses "gargalos sistêmicos" são o resultado de "vinte anos de políticas exclusivas de austeridade" no Brasil, como as impostas pelo Fundo Monetário Internacional.

A presidente afirmou também que o desenvolvimento da competitividade das indústrias brasileiras "é um grande desafio" atualmente para o Brasil.

"A competitividade é uma questão crucial como caminho de saída da crise, que constrói o futuro e preserva as conquistas sociais."

Dilma disse também que o Brasil quer se tornar uma "potência de manufaturados" e que não "vai ser apenas um país exportador de commodities".

Após o evento empresarial, Dilma foi homenageada pelo prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoë.

Dilma também se reuniu com o presidente do Senado francês, Jean-Pierre Bel.

A presidente embarca nesta tarde para a Rússia, onde realiza uma visita de dois dias.

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