Colunistas Dia da Mulher
8 de março, dia de flores, de poesia e também de questionamentos
Precisamos reconhecer e corrigir - urgentemente - o nosso erro histórico de tratar a mulher como ser ‘secundário’.
08/03/2022 21h05 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Oliveira
Imagem da internet

O dia 8 de março é dia de oferecer flores, de declamar poesia e demonstrar amor às mulheres. Mas - à luz da Filosofia -  também é dia de questionar e buscar respostas para os seguintes dados da realidade:  Por que, em pleno século 21, o ‘homem garanhão’ é visto como ‘pegador’ e a ‘mulher garanhona’ é vista como ‘piriguete’’? Por que, em pleno século 21, a cada minuto, 536 mulheres sofrem agressões físicas ou verbais no Brasil pelo simples fato de ser mulher? Por que, em pleno século 21, uma mulher é vítima de estupro a cada 9 minutos no Brasil? Por que, em pleno século 21, três mulheres são vítimas de feminicídio a cada dia no Brasil? Por que, em pleno século 21, uma mulher registra agressão sob a lei Maria da Penha a cada 2 minutos? Por que, em pleno século 21, o rendimento médio mensal das mulheres é 27,1% menor do que o dos homens? Por que, em pleno século 21, a taxa de desemprego para as mulheres é 36,5% maior do que para os homens? Por que, em pleno século 21, mesmo sendo maioria, apenas 38% das cadeiras dos tribunais do país são ocupadas por mulheres? Por que, em pleno século 21, mesmo sendo maioria, apenas 37% das vagas de direção nas empresas são ocupadas por mulheres?  Por que, em pleno século 21, mesmo sendo maioria, as mulheres ocupam apenas 13% das cadeiras do congresso nacional? Por que, em pleno século 21, mesmo sendo maioria, apenas 33% das cadeiras da câmara municipal de Paracatu são ocupadas por mulheres? Por que, em pleno século 21, já tivemos 21 prefeitos em Paracatu e nenhuma prefeita? Por que, em pleno século 21, já tivemos 40 governadores republicanos em Minas e nenhuma governadora? Por que, em pleno século 21,já tivemos 37 presidentes no Brasil e apenas uma mulher? Por que, em pleno século 21, temos 9 ministros no STF e apenas 2 ministras? Por que, em pleno século 21, apenas 10% das cadeiras da Assembleia de Minas Gerais são ocupadas por mulheres? Por que, em pleno século 21, a ONU nunca teve uma ‘Secretária-Geral’ no seu comando?

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Diante dessa triste discrepância, vale ainda um importante questionamento: o que de fato nos faz diferentes dos demais seres vivos? O gênero/sexo? Ou seria nossa capacidade racional, simbólica e criativa? Pois, se de fato são estas últimas as nossas características fundamentais, precisamos reconhecer e corrigir - urgentemente - o nosso erro histórico de tratar a mulher como ser ‘secundário’. Nas palavras de Paulo, o apóstolo: “Porque não há no SENHOR, nosso Deus,...nem acepção de pessoas…” Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”

 

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