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Campanha em idioma indígena vai tratar violência contra a mulher e prevenção do HIV

A violência contra a mulher é uma das causas da contaminação pelo vírus HIV

Paulo Sérgio
Por: Paulo Sérgio
10/10/2012 às 00h00
Campanha em idioma indígena vai tratar violência contra a mulher e prevenção do HIV

 

Um estudo realizado pela  Amazonaids constatou uma taxa de prevalência de sífilis de 2,3% e de HIV de 0,13% nas comunidades do Alto Solimões e do Vale do Javari. O levantamento foi feito por iniciativa das Organizações das Nações Unidas (ONU) e do governo brasileiro, e examinou mais de 20 mil índios dessas regiões.
A violência contra a mulher é uma das causas da contaminação pelo vírus HIV. Ainda segundo os organizadores da campanha, a cada cinco minutos uma mulher é agredida no País e a cada duas horas, uma mulher é assassinada. Em 80% dos casos, o agressor é o marido, companheiro ou namorado.
A maior preocupação da campanha foi tratar a violência contra a mulher e doenças sexualmente transmissíveis em comunidades carentes mais afastadas, ressalta a embaixadora  Ana Paula Zacarias, chefe da delegação da União Europeia no Brasil. “Este tipo de ação conjunta e direcionada se torna imprescindível no âmbito do combate à violência de gênero", disse.
A Amazonaids é um grupo gestor que inclui representantes dos governos federal, do Amazonas, municipais e sociedade civil, incluindo parceiros como Unicef, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids (Uniaids), Fundação Alfredo da Mata, Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas e Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV.
Também estão na campanha a União Europeia, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres).
 
Campanha
Materiais educativos sobre HIV também têm sido elaborados pela Unesco em outros idiomas de povos indígenas do Alto Solimões”, explicou o representante do Unaids no Brasil, Pedro Chequer. “Os povos indígenas devem ser cada vez mais objeto de respeito cultural e pleno exercício do direito à informação em seu próprio idioma.
O material a ser distribuído em todo o País inclui fôlder e cartazes com informações sobre os tipos de violência contra a mulher e como denunciá-las. Os vídeos para TV e spots para rádio foram inspirados em depoimentos reais.
 
Violência contra mulher
A ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse que há dois meses foram abertas as duas primeiras delegacias dos direitos das mulheres em áreas de fronteiras e que o governo tem como meta triplicar as linhas de fronteiras de Norte a Sul do País e transformar essas delegacias estaduais em federais. “É nesse sentido que as delegacias tem um empoderamento maior”, disse a ministra.
Criada há seis anos, a Lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de promover a discriminação contra as mulheres, prevenir, punir agressores e erradicar a violência.
 
 
 

 

fonte:Brasil.gov

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