FOTO: ALEX DE JESUS/fonte: O TEMPO
A quinta-feira promete ser longa no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Logo após dar início à sessão, os advogados de defesa de Bruno Fernandes afirmaram que ele desejava ser novamente interrogado, assim como aconteceu com Dayanne Rodrigues, no início da sessão.
Segundo Tiago Lenoir, defensor do jogador, Bruno precisava esclarecer um ponto importante do processo que ficou mal explicado. O receio da defesa é de que o goleiro não seja beneficiado com a redução de pena, já que a promotoria entendeu que não houve confissão.
Após o pedido, Bruno entrou no plenário. Brevemente, el disse apenas que responderia às perguntas de seu advogado. “Você sabia que Eliza ia ser morta”, perguntou Lúcio Adolfo. “Sabia e imaginava pelas constantes brigas, agressão do Macarrão e do dinheiro entregue à Eliza”, diz. Logo em seguida, Bruno disse à juíza que não responderia nem mesmo as perguntas feitas pelo seu advogado e pediu para deixar o salão.
Neste momento, Lúcio Adolfo e o promotor Henry Vasconcelos trocaram farpas. “Isso é para o senhor ver que não houve acordo”, disse Adolfo. “Se você fala que não houve é porque não houve”, retrucou a promotoria.
Em seguida, Ércio Quaresma pediu para fazer dezenas de perguntas ao réu, que estava ausente.
Medo de Zezé
Nesta quinta, Tiago Lenoir, advogado de Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno Fernandes, pediu que ela fosse novamente interrogada para esclarecer alguns pontos. Tiago deixou claro que ela não respondia às perguntas da acusação e da promotoria, apenas da juíza e dos jurados. O Ministério Público acatou o pedido e Dayanne se sentou novamente na cadeira perante à juíza, em frente a um microfone, para ser novamente ouvida.
Segundo Tiago Lenoir, Dayanne deveria esclarecer pontos relevantes do caso, como o que se refere à entrega de Bruninho, filho de Eliza, a Emerson, mais conhecido como Coxinha.
Ao ser interrogada pela juíza, a ex-mulher do goleiro afirmou ter recebido ligações do ex-policial civil Zezé, que perguntou sobre a criança. Ela negou a princípio, mas disse que ele já sabia do destino da criança e acabou contando a verdade. " Naquele momento tive medo dele. Tanto antes quanto agora, ainda mais depois do que o Bruno falou ontem", contou. Segundo Dayanne, ela teme pela vida dela e das filhas.
Na sequência, foi dada a palavra ao Ministério Público. Dayanne respondeu aos questionamentos e, na sequência, começou a ser sabatinda por Ércio Quaresma, defensor de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ela pediu para sair da sala e o advogado fez as perguntas em direção à cadeira vazia deixada pela ré.