20°C 30°C
Paracatu, MG
Publicidade

Romeu Zema pede à União apoio e suspensão das parcelas de financiamentos para cafeicultores mineiros atingidos pelas geadas

Ministra sinalizou que setor contará com ajuda de R$ 1,35 bilhão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar o custeio da produção

13/08/2021 às 15h45
Por: Da Redação Fonte: Secom Minas Gerais
Compartilhe:
Carlos Silva / Mapa
Carlos Silva / Mapa

O governador Romeu Zema e a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, entregaram, nesta sexta-feira (13/8), para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ofício com as demandas para apoio aos cafeicultores mineiros afetados pela geada que atingiu o estado no mês passado e as ações já conduzidas pelo Governo de Minas.  A entrega do documento foi em Brasília.

Continua após a publicidade

Após o encontro, o governador explicou que o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se comprometeu a destinar R$ 1,35 bilhão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos produtores afetados pela geada. “O Banco do Brasil também reservará um montante para atender ao setor. Além disso, o Governo de Minas dará todo suporte aos laudos para que os produtores recebam os seguros”, afirmou.

O Mapa trabalhará a parte técnica, como a definição dos juros, número de parcelas e carência. Segunda a secretária, cada produtor precisa de uma modalidade de financiamento.

Continua após a publicidade

“Também fizemos um pedido em relação aos investimentos realizados pelo produtor, sobretudo no setor de maquinário. Para aqueles produtores com dívidas com vencimento de curto prazo, e que perderam a lavoura, o pedido é que essas parcelas sejam suspensas e alongadas para o final do financiamento”, explicou Ana Valentini.   

Ainda de acordo com a secretária, as demandas apresentadas são resultado de uma construção coletiva, liderada pelo Sistema Estadual da Agricultura em prol do atendimento e socorro aos produtores atingidos pela geada.

Demandas de crédito e custeio

Em relação às demandas de crédito e custeio, foram solicitadas a redução da taxa de juros (inclusive do Funcafé) para o custeio da safra 2021/2022 e a liberação de linha específica de crédito para recuperação das lavouras danificadas, com carência mínima de três anos e mais sete anos para pagamento, dependendo da intensidade apontada nos laudos e a ampliação do acesso ao crédito aos produtores atingidos pela geada.

Os produtores também solicitam liberação de crédito para outras lavouras anuais (soja e milho, por exemplo) ou atividades pecuárias, que permitam retorno financeiro rápido para os anos 2021/2022, além do alongamento dos prazos de pagamentos das parcelas de investimento, suspendendo as parcelas dos próximos três anos e a postergação para o final do contrato vigente.

Nova modalidade

Outro ponto abordado no documento é a necessidade de criação de nova modalidade de seguro rural que contemple, com prêmio subsidiado pela União, a cobertura dos prejuízos com a recuperação das áreas atingidas, a perda da produção atual causada pela geada e também as perdas de produção das safras que seriam colhidas nos anos 2022 e 2023.

A negociação de apoio de fundos nacionais e/ou internacionais para recuperação da cafeicultura, principalmente para os agricultores familiares, com recursos a fundo perdido, também está entre as demandas apresentadas, além da liberação de crédito para cooperativas e revendas de insumos para fazer frente à possibilidade de produtores não conseguirem honrar compromissos firmados para contratos nas safras a serem colhidas nos dois próximos anos.

Ações em andamento

A Emater-MGpadronizou um modelo de laudo técnico para avaliação das áreas de café afetadas pela geada e os técnicos da empresa já estão em campo, fazendo os levantamentos. O modelo também foi disponibilizado para as cooperativas e federações. A produção de laudos a pedido de agricultores e prefeituras será feita gratuitamente para os pequenos produtores, enquanto os médios e grandes precisarão pagar pelo serviço.

Estes laudos são necessários, sobretudo para produtores cuja atividade possui financiamento bancário acompanhado de seguros em caso de intempéries climáticas. A geada que atingiu as lavouras mineiras foi uma das mais intensas já registradas no estado. Segundo o levantamento preliminar da Emater-MG, a estimativa é de que pelo menos 9.540 produtores foram afetados. A região do Sul de Minas foi a mais atingida, já que 77,8% dos 170 municípios afetados pela geada ficam nesta região.

Em seguida, estão as regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, que, juntas, tiveram 21% de todas as cidades afetadas pela intempérie. De acordo com o relatório, estima-se que a geada afetou aproximadamente 173,7 mil hectares, o que corresponde a 19,1% da área ocupada com cafeicultura na região abrangida pelo levantamento.

A Epamigestá estudando a viabilidade de produção de sementes de cultivares de café adaptadas e produtivas para os municípios das regiões afetadas, em apoio à implantação de viveiros municipais, com o objetivo de produzir mudas para aos agricultores familiares que tiverem necessidade de replantio.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Paracatu, MG
20°
Tempo nublado

Mín. 20° Máx. 30°

20° Sensação
0.31km/h Vento
85% Umidade
23% (0mm) Chance de chuva
06h16 Nascer do sol
05h56 Pôr do sol
Sex 30° 20°
Sáb 28° 19°
Dom 28° 19°
Seg 28° 21°
Ter 30° 20°
Atualizado às 06h06
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,23 +0,00%
Euro
R$ 5,59 +0,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,36%
Bitcoin
R$ 344,674,39 +1,04%
Ibovespa
124,171,15 pts -0.17%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade