O aumento do número de mortes por covid-19 em Paracatu, têm trazido preocupação e críticas a saúde pública do município, e até mesmo para os profissionais da saúde que estão sendo colocados a prova.
O número de mortes por covid-19 desde o início da pandemia, já passa de 190 mortos. O número de mortes pela doença mais que dobrou em 2021, se comparado ao ano de 2020. No ano passado foram registradas 43 mortes, e em apenas seis meses deste ano, já são 147 mortes pela doença.
O prefeito Igor Santos, se reuniu na manhã desta segunda-feira (7) no hospital municipal, com profissionais da saúde, secretário municipal da Saúde, vice prefeito e diretor do hospital.
Durante a transmissão realizada no Instagram do Prefeito, uma profissional da saúde relatou das dificuldades que os profissionais da linha de frente, vem enfrentando na luta contra o covid-19.
A profissional pediu mais atenção do prefeito para os profissionais da saúde, e explicou as condições de trabalho e as dificuldades dos profissionais no hospital municipal na luta contra a covid.
Profissionais relatam pressão e muitas cobranças referente ao aumento de mortes registradas no município. A classe cobra direitos e pedem ajuda psicológica, devido ao cansaço e a exaustão devido a carga horária dos profissionais que estão na linha de frente do combate à doença.
O improviso dos profissionais por falta de insumos e equipamentos contra o covid-19, foi relatado durante a transmissão que foi interrompida no meio da fala da profissional da saúde.
A intubação é a grande polêmica nas redes sociais, que ganhou até uma hashtag #entubou/morreu. Uma discussão foi criada nas redes sociais relatando que o aumento de mortes poderia estar ligado a intubação.
O prefeito Igor Santos, publicou um vídeo e disse que o aumento de mortes não acontece só em Paracatu, mais também em outros estados, cidades e até mesmo em outros países, devido a gravidade da doença.
Uma pesquisa exclusiva divulgada pela BBC Brasil no dia 19 de Março de 2021, revelou que 80% dos intubados por covid-19 morreram no Brasil em 2020. Ou seja, 8 em cada 10 pacientes intubados ao longo do primeiro ano de pandemia morreram. A mortalidade se manteve igual no primeiro e segundo semestre, o que mostra que o Brasil não soube aplicar de maneira eficaz as lições aprendidas sobre tratamento de pacientes com covid-19.